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Parabéns a Vila Nova de Foz Côa e a Góis. O leitor que não estranhe, mas parece que estas duas vilas do interior do país – uma limitada pelo Douro, outra pelo chamado “pinhal interior” – foram os únicos municípios onde houve mais bens reconstruídos do que novas edificações. É uma reivindicação antiga da parte de gente sensata: autarcas que prefiram recuperar, restaurar, reedificar, do que fazer de novo, deixando um rasto de ruínas que o tempo consome e esquece. Até que outras gerações sejam obrigadas a lidar com elas. Tenho uma lista: auditórios, edifícios, palacetes que podiam albergar serviços públicos, jardins abandonados, ruas transformadas em lixeiras. O ideal de cada novo incumbente municipal é chegar e “deixar a sua marca”. O resultado está à vista pelo país fora, desordenado, desleixado e esquecido. Até os edifícios das câmaras destes concelhos são exemplares: são antigos e estimados.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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