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Best-sellers.

por FJV, em 28.12.13

Como é que emagreceste tanto, Nigella?

 

No estranho “caso Nigella Lawson” (a autora de livros e programas de culinária – além de sex symbol para a meia-idade), agora no tribunal, há revelações interessantes para além das relacionadas com o consumo de drogas e com os vários milhões dispersos por contas bancárias e gastos com cartão de crédito. Uma delas tem a ver com livros: o ex-marido de Nigella, o milionário Charles Saatchi, publicitário, é galerista e ‘colecionador de arte’. Em 2009 publicou My Name Is Charles Saatchi and I Am a Artoholic, onde responde a várias questões sobre a sua vida & obra (uma exceção, uma vez que Saatchi não dá entrevistas). O livro teve uma passagem discreta pelas livrarias, que preferiam livros de cozinha. Pelo tribunal, ficámos agora a saber que Saatchi mandava comprar centenas de exemplares nas livrarias, ou através da Amazon, para que tivesse um bom lugar nas listas de best-sellers. É a vida.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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O medo sueco.

por FJV, em 28.12.13

A arte ofende? Muitas vezes. Significa isso que é legítima a ação da censura para que os ofendidos deixem de se sentir ofendidos? Em Março de 2008, o Metro de Londres proibiu a pintura de uma mulher nua e seráfica, da autoria de Lucas Cranach (1472-1553) com medo de ofender os passageiros multiculturais que andavam nas suas carruagens. Por que o fizeram? Por medo que alguém achasse blasfema a pintura que Cranach compôs há quinhentos anos e que a Royal Academy exibia na época. Agora, o parlamento sueco retirou da sua sala de jantar uma pintura barroca, do século XVII, onde se divisavam uns discretos e alvíssimos seios. Por motivos, digamos, morais? Não. Porque “os muçulmanos” e “as feministas” se sentiriam ofendidos com um suavíssimo e celestial busto desnudado. O medo instalou-se definitivamente. Tudo é pode ser uma ofensa. Há uma lista em aberto para destruir a inocência do nosso mundo.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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