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Falar com Deus.

por FJV, em 15.10.13

Desde o 11 de setembro que a religião voltou ao topo dos debates: primeiro, o Islão, o fundamentalismo, o lugar das religiões na política; depois, a sucessão do papa, o inteletual Bento XVI, a mudança anunciada por Francisco. Pelo meio, a vigilância laica, as campanhas do ateísmo militante, de Dawkins a Hitchens. Deus está e não está. Não está, se não quisermos. Está, se tivermos dúvidas, ou fé, ou praticarmos uma religião. Em Montevideu (veio no CM), instalaram uma cabine telefónica para “falar diretamente com Deus”, “sem intermediários”. Faz algum sentido. Apenas algum, porque religião significa comunhão com os outros; mas Deus é outra coisa, mais além das religiões. O melhor lugar para falar com Deus é o deserto, onde a perturbação arde em silêncio, sem mirones ou audiências. As religiões têm de inventar o caminho da tolerância; os homens,  percorrer os subúrbios da inquietação.

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Sentadinhos.

por FJV, em 15.10.13

Não é preciso saber quem é o milionário Nasser Al-Khelaïfi para perceber que as regras agora apresentadas aos sócios do Paris St.-Germain são absurdas para um espectador de futebol, tal como a proibição de se levantar do lugar, de fotografar, de fumar ou de dizer palavrões durante os jogos. Vamos e venhamos: tudo tem justificação. É só querer. Levantar-se do lugar pode impedir os que estão atrás de ver o relvado. Fotografar pode violar o código de direitos de autor e banalizar o trabalho dos profissionais. Fumar pode incomodar o parceiro do lado e faz mal à saúde. Dizer palavrões não é nada agradável de ouvir. Por isso, Nasser Al-Khelaïfi, presidente do clube francês, originário do Qatar, vem civilizar a Europa e o modo de ver futebol. No estádio do PSG, os desordeiros e malcriados têm os dias contados. Ibrahimovic vai poder falhar golos de baliza aberta sem se ouvir um pio nas bancadas.

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