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Lord Peter Wimsey era desleixado, elegante, aventureiro, corajoso, autodidacta, erudito e um excelente bailarino. Todas essas qualidades ressaltam em livros como O Crime Exige Propaganda, Qual dos Cinco? ou O Mistério do Bellona Club. É, além disso, um dândi ruidoso e mestre do disfarce, vive em Londres, aprecia vinho do Porto – e foi criado por Dorothy L. Sayers, uma figura amável da chamada «literatura policial», nascida há exatamente 120 anos em Oxford, a 13 de Junho de 1893. Na época em que Dorothy L. Sayers começou a escrever policiais (a primeira aventura de Wimsey apareceu em 1921, mas a sua estreia foi na poesia, em 1916), o mais importante era lançar o desafio ao leitor: quem foi? Wimsey descobriria; ele era um génio parecido com Fred Astaire, que conheceu milhões de leitores, todos divertidos pelo seu sentido de humor e pela saudável irresponsabilidade de um lorde britânico.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
Aos 29 anos, Edward Snowden (ex-colaborador da CIA, namorada bonita, casa no Havai) tramou a sua vida: divulgou documentos que demonstram que o governo americano vigia tudo o que são comunicações eletrónicas não só entre os seus cidadãos, mas em todo o mundo, através de contas pessoais em coisas tão “inocentes” como Google, Facebook ou Skype. Mais: mostrou que essa política, lançada por governos anteriores, foi endurecida pela administração Obama – até chegar ao assassínio de concidadãos através de ‘drones’. Snowden lançou, com dados concretos, a suspeita de que a vigilância anti-terrorista é um degrau para ir mais longe na captura das liberdades mais básicas, do direito à privacidade e na construção de uma máquina de conspirar contra os cidadãos e manipulá-los, em qualquer parte do mundo. Pode ser condenado a prisão perpétua por isso. As histórias do cinema transformaram-se em realidade.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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