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Rio das Pérolas, 2.

por FJV, em 11.06.13

Névoa entre as ilhas.

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Rio das Pérolas.

por FJV, em 11.06.13

Na cidade que não dorme.

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Os tempos mudam.

por FJV, em 11.06.13

As loas à presidente brasileira, Dilma Rousseff, são muito parecidas com as que foram entoadas pelos europeus desde que descobriram o «bom selvagem» no século XVIII. Lula vinha para salvar o mundo, por exemplo, tal como Hugo Chávez reencarnava a figura do «bom revolucionário». Como os europeus não podiam ser nem «bons selvagens» nem «bons revolucionários» (tinham de tratar da vidinha, e as suas classes possidentes manter um bom nível de vida), decretaram que ambas as coisas existiam na América Latina, mesmo depois da queda do «tigre de papel» local, os EUA, que nunca entendeu o seu continente vizinho. Os europeus esquecem que as suas políticas protecionistas (uma vaca francesa recebe mais subsídios num mês do que um agricultor latino-americano ou asiático em toda a sua vida) são injustas, classistas e arrogantes. Hoje, a Europa enfrenta a maior crise estrutural dos últimos quinhentos anos: o centro do mundo desloca-se para o Oriente, para onde vão a inteligência, a riqueza e até o futebol ou o domínio dos mares. Mas a sua especialidade mantém-se: choraminga e empertiga-se.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Dia.

por FJV, em 11.06.13

O Dia de Portugal transformou-se em Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Compreende-se o esforço: é necessário associar a Portugal não apenas «as comunidades» (no país e, sobretudo, fora dele – somos uma comunidade extraterritorial) mas também uma voz que cante as nossas glórias e heróis. No entanto, fora da escola hoje em dia ninguém liga grande coisa a Os Lusíadas, uma epopeia politicamente incorreta, um dos mais notáveis poemas épicos da humanidade. Resta «o 10 de Junho» propriamente dito, que a imprensa aguarda, esfregando as mãos – porque tem discursos, e os discursos são o alimento da pátria. Aguardam-se, assim, o discurso do Presidente e, com igual euforia, os comentários, que já estão preparados antes do discurso, salvo erro. A isto se há de resumir o programa do dia. Felizmente restam-nos os portugueses que estão pelo mundo fora. Esses sim, festejam o Dia de Portugal.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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