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Combate até ao fim.

por FJV, em 10.04.13

Capa do Socialist Worker de anteontem.

 

Inimigos até ao fim, naturalmente.  

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Dolores del Río.

por FJV, em 10.04.13

Livro: O Poder e a Glória, de Graham Greene. Filme: O Fugitivo, de John Ford. E, depois, além de Henry Fonda, o rosto de Dolores del Río, inesquecível, servido pela fotografia de Figueroa, que trazia os contrastes mexicanos para servir Ford. Hollywood já tinha popularizado Dolores em Ave do Paraíso, de King Vidor, com a mexicana nadando nua nas águas da Polinésia – foi o escândalo idealizado para a tornar, como escrevi, inesquecível. Mexicana – e causando inveja pela beleza esguia que evocava o mais sensual do cinema mudo. O macarthismo acusou-a do costume: ser comunista. Casada episodicamente com Orson Welles nos anos quarenta (o seu ar abandonado e alguma amargura deviam impedi-la de ter aquele nadinha de perversidade requerido, e Welles fugiu antes de poder ser um marido correcto, mas ela assistiu às filmagens de Citizen Kane), antes de ser devorada pelas sombras de Hollywood regressou ao México. Para mim foi essa a melhor fase, tendo como parceiro um Pedro Armendáriz de grande calibre e Emílio Fernández como realizador (diz-se que ele lhe dedicava uma paixão assombrada). Nessa altura pôde dar-se com quem queria, nomeadamente com Diego Rivera e Frida Khalo (viviam todos em Coyoacán, também o bairro de Trotsky e de Buñuel). Vi María Candelaria (de 1943) em casa de Cabrera Infante, que adorava o filme, com Miriam. Dolores del Río morreu há trinta anos (a assinalar amanhã) e é difícil esquecê-la.

[Da coluna do Correio da Manhã]

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Passagem.

por FJV, em 10.04.13

Ainda ontem; há muito tempo que não estava com o L.. Encontrámo-nos no lançamento do livro do João e acabámos por andar a pé, a apanhar chuva em Campo de Ourique. A vida não está para brincadeiras, de modo que falámos de música, da chuva, dos amigos que passam – e disto. «Fomos derrotados», diz ele. Toda a noite a pensar no assunto. Há derrotas que, vistas à distância, pertencem a um mundo a que nós já não pertencemos; e há outras que não iludem. Sobretudo, que já não nos iludem. 

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Serenidade.

por FJV, em 10.04.13

Ontem colaborei na apresentação de Liberdade 232, de João Távora. O João é uma pessoa extraordinária e serena, um conservador à moda antiga. Isto assusta muita gente, o que não deixa de ser bom.

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