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Somos a grande ilha do silêncio de deus
Chovam as estações soprem os ventos
jamais hão-de passar das margens
Caia mesmo uma bota cardada
no grande reduto de deus e não conseguirá
desvanecer a primitiva pegada
É esta a grande humildade a pequena
e pobre grandeza do homem.
Ao contrário dos que contribuíram para a história do “grande romance americano” (Dos Passos, Steinbeck, Faulkner, Vidal, Roth ou Norman Mailer), o seu nome foi muito mais considerado como contista ou dramaturgo e guionista. Injustamente. O seu livro mais famoso, uma saga familiar, em dois volumes, que a televisão popularizou (Homem Rico, Homem Pobre, com Peter Strauss e Nick Nolte, livro de 1969) é um gigantesco fresco da sociedade americana e dos seus mitos fundadores e desagregadores, com a guerra pelo meio. Os mesmos temas visitam Amor numa Rua Escura, Regressado da Morte, Lucy Crown ou Os Jovens Leões, todos traduzidos para português, tal como Entardecer em Bizâncio. Irwin Shaw nunca escreveu para a América grandiosa; talvez por conhecer o lado obscuro da glória que fabrica a pobreza e o sofrimento. É um clássico que infelizmente o tempo arrasou. Nasceu há exatamente 100 anos, que hoje se assinalam.
[Da coluna do Correio da Manhã]
«O país que acordou das legislativas pode não gostar da imagem que vê reflectida no espelho. Mas será obrigado a aceitar que o reflexo corresponde ao país.» A maior parte da imprensa portuguesa que cobre as eleições italianas também.
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