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Uma onda de insandade flutua sobre nós todos. Pode ser animadora a perspectiva de um país de gente saudável, elegante, ginasticada, a comer fruta & leguminosas, deitando fora todos os pacotes de M&M escondidos na despensa, correndo pelos jardins e fazendo ioga & pilates. No caso inglês, no entanto, julgo que Disraeli e Churchill fariam dos seus melhores discursos se soubessem que esta medida foi proposta «by a Conservative-run council and a local government thinktank» e não por um tenebroso grupo de pensadores socialistas desejosos de meter a populaça numa forma de pudim.
Trata-se, em larga escala, de um ataque do Estado à «liberdade» dos cidadãos misturando a contabilidade do SNS com as suas próprias utopias higienistas. Portanto, tem todo o sentido a pergunta lançada anteontem pelo deputado Hélder Amaral,
“Tendo em conta que a obesidade é actualmente o principal problema de saúde pública, o que vai o governo fazer em relação a isso, lançar uma coima para aplicar a quem coma uma barra de chocolate?”
E a resposta é clara: «Sim, vamos reduzir eventuais benefícios sociais a quem não praticar ioga, a quem não fizer ginástica, a quem praticar um regime alimentar fora-da-lei ou a quem fumar.» Se é isto, estamos bem aviados.
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