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«Scientists cannot explain, for example, why women have prominent breasts even when they are not suckling children.»
Por que é que Fernando Sobral quase sempre tem razão: «Parece que em Portugal ainda não se tem a sensação que há um mundo a chegar ao fim. (...) Os clubes portugueses comportam-se como novos-ricos. Por isso deixaram de ter jogadores portugueses nos seus 11 principais. Olhe-se para a primeira jornada da Liga: o Benfica não tinha nenhum, o FC Porto tinha dois e o Sporting tinha três. O problema é que as vendas por valores do outro mundo estão a acabar.»
Depois de construídos e festejados os templos que ajudaram à catástrofe, nada como orar ao exemplo islandês. Infelizmente, a solução islandesa só é possível num país que se habituou a viver como a Islândia. Não é preciso ter lido Laxness, é claro, mas ajuda bastante a compreender que, para um islandês, mesmo nos anos de ouro, um cêntimo era um cêntimo. Há uns anos, os exemplos de esbanjamento europeu seriam (eram) chocantes para qualquer islandês que soubesse fazer contas de somar ou subtrair. Os sacerdotes do exemplo islandês não compreenderam que tudo tem a ver com o modo de vida. E que um modo de vida que sustenta o «estado social» não pode construir estádios nem auto-estradas com dinheiro que não existe. Por isso deixaram cair os bancos; como penalizaram drasticamente os responsáveis políticos pelo endividamento — porque foi o endividamento excessivo, com ou sem bancos, que pôs em risco o «estado social» e impediu o «investimento público». Não se pode ter tudo. Uns meses de Islândia faziam bem aos profetas do crescimento sem dor.
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