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Uma mala de viagem cheia de livros.
«Miúdas de 13, 14, 15 anos. Ficam em coma alcoólico, uma vez levei uma ao hospital. Outra parecia uma boneca de porcelana, sentada no passeio com uma perna para cada lado, sem se mexer.» Um taxista da zona da Av. D. Carlos, em Lisboa. A polícia também vê miúdos & miúdas de 13, 14 ou 15 anos chegarem ao coma alcóolico com frequência. Mas perseguir adultos fumadores tem mais, como dizer?, pertinência.
Morrissey, «The First of the Gang to Die»
Em Dezembro, escrevi isto sobre a situação da Costa do Marfim: «Espera-se que, desta vez (ao contrário do que aconteceu no Ruanda), a ONU não ceda — e permaneça na Costa do Marfim, pelo menos até à cada vez mais improvável data da tomada de posse de Alassane Dramane Ouattara.» Como se trata de África, a ONU cedeu e, embora permanecesse na Costa do Marfim, deixou que tragédias fossem acontecendo aqui e ali. Em se tratando de África, as tragédias podem acontecer para alimentar o remorso e o lamento da «comunidade internacional». Morrem quantos? 800? 1000? 5000? Ah, pretinhos no meio do mato; estamos sempre a tempo de ficar bem no retrato e de exarar um requiem pelos que são abatidos, no meio de umas exigências aqui e ali. São só números, facilmente empurrados para o meio de outros números. Quem tem paciência para números que se acumulam sobre números? Se for em África, ninguém.
Portugal foi convidado para país-tema da próxima edição da Feira do Livro de Bolonha; ainda não há resposta.
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