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Adam Sisman vai escrever, finalmente, uma biografia de John Le Carré — para ser publicada em 2014, cinquenta anos depois de O Espião que Saiu do Frio. Robert Harris tinha sido o biógrafo escolhido por Le Carré.
«Famously reclusive, Cornwell last year gave his final television interview, explaining that his life had to be “solitary” in order for him to perform as a writer.
He maintains that his life is of no great interest, saying: “I live on a Cornish cliff and hate cities. I write and walk and swim and drink.”»
Há uns anos — em 2004 — a cadeia Habib's lançou «os pastéis de nata» nas suas lojas (milhares, no Brasil), e foi um sucesso. Agora, passou a servir «bolinho de bacalhau». Fast food lusitano.
(via Gonçalo Soares, o correspondente do Origem das Espécies em Sampa)
O Festival Literário da Madeira quase, quase em tempo real pelo Ricardo Duarte.
Pedro Magalhães mostra como o Público lê as sondagens: por alto, e com erros.
O mundo não mudou por causa dos seus livros, evidentemente; mas a nossa visão do mundo alterou-se bastante, sobretudo com Orlando, Rumo ao Farol, Mrs. Dalloway ou As Ondas. O feminismo elegeu-a como uma das suas figuras fundamentais, mas o retrato não corresponde; a sua frase famosa («uma mulher deve ter dinheiro e um quarto que seja seu») referia-se à disponibilidade para escrever. E Virginia Woolf escreveu muito e marcou a modernidade de antes da guerra, quer pela sua escrita (uma torrente incessante que contrasta com a sua fragilidade), quer pelo papel que desempenhou como influente inteletual nesses anos difíceis e turbulentos. Virgínia Woolf (1882-1941) morreu há exatamente 70 anos [28 de Março]. Atirou-se às águas do rio Ouse; o corpo só foi encontrado a 18 de abril.
[Na coluna do Correio da Manhã]
O livro leva o título Great Soul (Grande Alma) e com ele Joseph Lelyveld, jornalista do The New York Times, adianta novos elementos para a biografia do Mahatma Gandhi, pouco condizentes com o tradicional retrato, quase beatífico, do líder nacionalista indiano. A sua bissexualidade (a paixão pelo namorado alemão e a queda pelas adolescentes de que se rodeava) é um pormenor marginal. Já o racismo, o fanatismo político, a vaidade histriónica ou a misantropia estão nos degraus inferiores. A verdade é que não há heróis políticos destinados à santidade – coisa que devíamos saber –, nem vidas privadas que não revelem o seu avesso. Tudo isto seria discutível numa figura política que não pregasse moral; já no caso de Ghandi, é mais difícil de aceitar a queda de um mito.
[Na coluna do Correio da Manhã]
José Afonso Furtado, atual diretor da biblioteca de arte da Gulbenkian, excelente fotógrafo, foi escolhido pela revista Time como uma das 140 personalidades que vale a pena seguir pelo Twitter, em todo o mundo. Não admira. Furtado foi presidente do velho Instituto do Livro quando os governos e o Estado prestavam atenção à cultura e à Rede de Leitura Pública, de que foi um dos fundadores, criadores — pais, enfim. Os seus tweets mostram um homem atento a tudo o que tem a ver com o livro, o seu futuro, o seu negócio e a sua história recente e passada; hoje em dia, para estarmos a par de tudo o que tem a ver com a edição e indústria do livro, não temos outro remédio senão segui-lo no Twitter. Não sei como este país se pode dar ao luxo de dispensar José Afonso Furtado.
[Na coluna do Correio da Manhã]
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