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Le Carré.

por FJV, em 02.04.11

Adam Sisman vai escrever, finalmente, uma biografia de John Le Carré — para ser publicada em 2014, cinquenta anos depois de O Espião que Saiu do Frio. Robert Harris tinha sido o biógrafo escolhido por Le Carré.

«Famously reclusive, Cornwell last year gave his final television interview, explaining that his life had to be “solitary” in order for him to perform as a writer.

He maintains that his life is of no great interest, saying: “I live on a Cornish cliff and hate cities. I write and walk and swim and drink.”»

 

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Fast food português

por FJV, em 02.04.11

 

 

 Há uns anos — em 2004 — a cadeia Habib's lançou «os pastéis de nata» nas suas lojas (milhares, no Brasil), e foi um sucesso. Agora, passou a servir «bolinho de bacalhau». Fast food lusitano.

(via Gonçalo Soares, o correspondente do Origem das Espécies em Sampa)

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Funchal.

por FJV, em 02.04.11

O Festival Literário da Madeira quase, quase em tempo real pelo Ricardo Duarte.

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Atribulações da fé.

por FJV, em 02.04.11

Pedro Magalhães mostra como o Público lê as sondagens: por alto, e com erros.

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Woolf.

por FJV, em 02.04.11

O mundo não mudou por causa dos seus livros, evidentemente; mas a nossa visão do mundo alterou-se bastante, sobretudo com Orlando, Rumo ao Farol, Mrs. Dalloway ou As Ondas. O feminismo elegeu-a como uma das suas figuras fundamentais, mas o retrato não corresponde; a sua frase famosa («uma mulher deve ter dinheiro e um quarto que seja seu») referia-se à disponibilidade para escrever. E Virginia Woolf escreveu muito e marcou a modernidade de antes da guerra, quer pela sua escrita (uma torrente incessante que contrasta com a sua fragilidade), quer pelo papel que desempenhou como influente inteletual nesses anos difíceis e turbulentos. Virgínia Woolf (1882-1941) morreu há exatamente 70 anos [28 de Março]. Atirou-se às águas do rio Ouse; o corpo só foi encontrado a 18 de abril.

[Na coluna do Correio da Manhã]

 

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Ghandi, de novo.

por FJV, em 02.04.11

O livro leva o título Great Soul (Grande Alma) e com ele Joseph Lelyveld, jornalista do The New York Times, adianta novos elementos para a biografia do Mahatma Gandhi, pouco condizentes com o tradicional retrato, quase beatífico, do líder nacionalista indiano. A sua bissexualidade (a paixão pelo namorado alemão e a queda pelas adolescentes de que se rodeava) é um pormenor marginal. Já o racismo, o fanatismo político, a vaidade histriónica ou a misantropia estão nos degraus inferiores. A verdade é que não há heróis políticos destinados à santidade – coisa que devíamos saber –, nem vidas privadas que não revelem o seu avesso. Tudo isto seria discutível numa figura política que não pregasse moral; já no caso de Ghandi, é mais difícil de aceitar a queda de um mito.

[Na coluna do Correio da Manhã]

 

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José Afonso Furtado em 140 caracteres.

por FJV, em 02.04.11

José Afonso Furtado, atual diretor da biblioteca de arte da Gulbenkian, excelente fotógrafo, foi escolhido pela revista Time como uma das 140 personalidades que vale a pena seguir pelo Twitter, em todo o mundo. Não admira. Furtado foi presidente do velho Instituto do Livro quando os governos e o Estado prestavam atenção à cultura e à Rede de Leitura Pública, de que foi um dos fundadores, criadores — pais, enfim. Os seus tweets mostram um homem atento a tudo o que tem a ver com o livro, o seu futuro, o seu negócio e a sua história recente e passada; hoje em dia, para estarmos a par de tudo o que tem a ver com a edição e indústria do livro, não temos outro remédio senão segui-lo no Twitter. Não sei como este país se pode dar ao luxo de dispensar José Afonso Furtado.

[Na coluna do Correio da Manhã]

 

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