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Irlanda, 2.

por FJV, em 22.11.10

Nunca acreditei no Tigre Celta. Bebi demais, na Irlanda. Ouvi muita música, demais, na Irlanda. Quem leu Brendan Behan, Sean O`Casey, Bowen, Flann O`Brien, Liam O`Flaherty, Yeats, Kavannagh, Mahon, Seamus Heaney, a prosa de Colm Tóibín, Frank Ronan, Banville, sabe do que esta terra respira. Vestiram-nos de executivos na ponte aérea para Londres e nos intercontinentais para Boston, acolheram regras «continentais» (eles, que foram ilhéus de uma outra ilha), tentaram higienizar os muros da Factory, os jardins de Dun‘ Laghoire, as ruas de Cork, Clifden, Galway ou Sligo. Para fabricar o Tigre Celta estragaram uma parte da minha Irlanda. Mas um resto dessa Irlanda (a dos campos, a dos declives, a antiga) resiste sempre, como uma barreira silenciosa, uma tortura que não se diz noutra língua. Está aí o Tigre Celta. Armado.

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Irlanda, 1.

por FJV, em 22.11.10

Todos insistem nas diferenças entre a Irlanda e Portugal. Claro que há diferenças; há, por exemplo, quem pense que é preferível ter uma crise financeira que exige ajuda de instituições financeiras para liquidar os buracos abertos pelo apoio estatal à banca privada (o que acontece na Irlanda), do que viver no coração de uma crise económica e política mais profunda (como em Portugal).

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Evidências.

por FJV, em 22.11.10

O Tomás tem razão; um ministro das finanças dava jeito. O problema é que o primeiro-ministro, como o Tomás escreve, não reconhece evidências.

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Exacto.

por FJV, em 22.11.10

 

«Uma cultura que se organiza para fugir à rotina acaba nos braços dos antidepressivos e ansiolíticos. A rotina é arma certa para desafiar o mandamento estóico (o passado é tudo o que temos de seguro). Não somos escravos da rotina, somos é torturados pelos sonhos.»

Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.

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