Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
E basta serem empresas concessionárias de auto-estradas ou têm de ser empresas amigas?
Via Pedro Correia chego às esperadas considerações do Avante! sobre a libertação de Aung San Suu Kyi. Os bons espíritos reencontram-se sempre, nem que seja no inferno.
Dulce Cabrita morreu ontem. Conheci-a tarde demais, com Dinis Machado, com quem viveu e a quem cuidou durante anos. Nos últimos tempos ajudou-nos (na Quetzal) a preparar a edição de alguns volumes de inéditos de Dinis Machado, que guardara com ternura (não me lembro de outra palavra, agora). Meio-soprano (no T.N. São Carlos) que interpretou, entre outros, Lopes-Graça, Dulce Cabrita estudou economia e foi bibliotecária. Numa entrevista que assinalava os seus oitenta anos, no Expresso, escrevia-se: «Aceita o despojamento total. Não quer glórias. Não quer mais palco. Basta-lhe cuidar do legado de Dinis. Basta-lhe a memória. Basta-lhe o amor. Basta-lhe o silêncio.» Nasceu a 17 de Novembro de 1928; morreu na madrugada de 17 para 18 de Novembro de 2010.
«É uma história de proveito e exemplo e todos os pais a deveriam ler à noite aos filhos para que eles possam aprender que, ao contrário do que professores antiquados ainda ensinam na escola, não é com estudo e trabalho, ou com mérito, que se vai longe na vida.
Pedro era um petiz de palmo e meio e frequentava o ensino secundário. Vivia com o pai, funcionário do PS, numa casa da Câmara de Lisboa pagando 48 euros de renda. Cedo percebeu que, se tirasse um curso superior, decerto acabaria como caixa de supermercado e, miúdo esperto, rapidamente deixou as aulas e se tornou, como o pai, funcionário partidário. Estava lançado na vida.» Ler aqui o resto do texto de Manuel António Pina.
Foto tirada por Onésimo Teotónio de Almeida ontem à tardinha. O esplendor outonal de Rhode Island e de Providence para nosso gozo — e para matar saudades nossas de Nova Inglaterra.
Finalmente, o Ministério da Educação acedeu em fazer regressar os testes de Filosofia, desaparecidos desde 2007; gente tão astuta e inteligente, informada e moderna, auto-suficiente com tantas plataformas tecnológicas, pôde — às claras — desdenhar da Filosofia. De facto, para que serve a Filosofia quando temos a verdade do nosso lado? Noto, no entanto, que isso não significa ainda uma revalorização da Filosofia no secundário, evidentemente; não se pode querer tudo. Para já, a atenção é concedida «aos problemas que os jovens sentem e que os perturbam»; a história da Filosofia é coisa do passado; não se fala abertamente, ainda, do que andaram a fazer Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, digamos, ou vá lá Platão, Aristóteles (já que Sócrates era jogador de futebol) ou Tomás de Aquino, Marx ou Nietzsche. Eles andaram a fazer alguma coisa, alguma coisa eles sentiam e os perturbava. Mas é um avanço.
Excelente capa da Marca de hoje, numa adaptação de Goya. A Comissão contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Desporto (um nome pomposo na Espanha de plástico e acrílico, muito semelhante à outra «comissão de reforma dos horários»...) quer o castigo de Mourinho para mostrar que as indignidades do futebol só podem praticar-se às escondidas, de fato e gravata.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.