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The Smiths, «Cemetry Gates»
[Sugestão do Jorge Carvalho]
«A dreaded sunny day
So let's go where we're happy
And I meet you at the cemetry gates
Oh, Keats and Yeats are on your side
A dreaded sunny day
So let's go where we're wanted
And I meet you at the cemetry gates
Keats and Yeats are on your side
But you lose
'Cause weird lover Wilde is on mine...»
Lloyd Cole, «Writers Retreat»
Dexys Midnight Runners, «Burn It Down»
[Por sugestão do Francisco M. S.]
«Never heard about, won't think about
Oscar Wilde and Brendan Behan,
Sean O'Casey, George Bernard Shaw.
Samuel Beckett, Eugene O'Neill, Edna O'Brien and Laurence Sterne.
Sean Kavanaugh and Sean McCann,
Benedict Keilly, Jimmy Hiney
Frank O'Connor and Catherine Rhine.»
A propósito de Tony Judt, Henrique Raposo chama a atenção para o flibusteiro, Slavoj Žižek.
Há uma lição simples a tirar, desde os Idos de Maio, quando estávamos à beira da catástrofe: em política não se negoceia com quem não está disposto a negociar. Bastava olhar um pouco mais para trás – lá, onde os batalhões de descamisados e de novos-ricos nunca compreenderiam que o chefe abrisse a mão do poder tão bravamente conquistado. São muitos empregos, muitos negócios, muitas influências, muito apetite, muitos vícios.
Finalmente. Ontem à tarde, no Porto, um encontro histórico: entre este hooligan e um dos membros da grande academia portista, o excelente Pôncio, co-autor de Pobo do Norte (vale a pena ir ao seu primeiro blog, onde encontrará um arquivo supimpa). Depois da troca de cumprimentos, a agenda (curta, incisiva) ocupou-se da análise político-militar, de questões de estratégia e semântica e ainda da leitura do actual quadro topográfico. Tremei, zoilos! Recuai para o Indostão!
Esta manhã, pelo menos durante a manhã-manhã, a TSF e a RDP África ocuparam-se dos distúrbios em Maputo, provocados pelo aumento dos combustíveis, pão, transportes, água e electricidade (chegam a 20%, num país em que o salário mínimo é de MTC2,500, cerca de €55). A TSF fez uma boa cobertura, a Antena 1 (estranho, porque os voos da TAP estavam cancelados, etc.) não mencionou o assunto — e a RDP África teve várias intervenções, naturalmente. Curioso, para quem ouve reportagens sobre «distúrbios & motins» na Europa, ouvir dizer, no caso moçambicano, que a polícia lançou gás lacrimogénio diante «das provocações da multidão», que «não se sabe quem está por detrás destas manobras», que «isto está a prejudicar as pessoas que querem ir para casa», que as barricadas estão a «impedir a vida normal», etc. Quando, há cerca de dois anos e por motivos idênticos, houve distúrbios em Maputo, a imprensa referiu de passagem que tinham morrido seis pessoas (na verdade, baleadas). Eram pretos, não é? Gente reaccionária, já se sabe.
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