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Extracto de um comunicado da editora Sextante:
Manuel Maria Carrilho acaba de ser demitido das suas funções como Embaixador de Portugal na UNESCO, devido à publicação do livro E Agora? Por uma nova República, que a Sextante Editora acaba de publicar. Neste livro, o autor analisa a situação económica, social e política portuguesa e avança com diversas propostas, defendendo uma visão do País e do seu futuro centrada na urgente qualificação do território, das instituições e das pessoas que lance as bases de uma Nova República.
À margem disto, que acontece em Montreal, o que não podia deixar de querer ver: a casa onde Leonard Cohen viveu na adolescência e onde deve ter escrito alguns dos poemas de Let Us Compare Mythologies. Bem perto, a sinagoga do bairro português. Ao lado da casa, o Parque Portugal.
Nas fotos:
sinagoga ainda aberta, no bairro português; idem; rua do velho bairro judeu, hoje abandonada no «bairro português»; a famosa Charcuterie Hebraïque, ao lado da Casa Minhota; a velha sinagoga, hoje transformada em sede de uma das associações da comunidade portuguesa; um poema de Antero de Quental num banco de rua.
É preciso vir a Montréal para apanhar um dia de chuva. Uma noite de chuva.
Grande Prémio de Romance e Novela da APE para Rui Cardoso Martins e o livro Deixem Passar o Homem Invisível. É um excelente livro, tal como E Se Eu Gostasse Muito de Morrer, o seu romance anterior – e o Rui um autor de primeira linha, um grande contador de histórias.
Peter Gabriel, «The Book of Love»
Por recomendação do Pedro, nosso correspondente em Beijing,a descoberta de Xiao He.
Dizem que a paixão de Claude Clabrol pela comida e pelo vinho talvez tenha encurtado a sua vida. Não interessa. Está a salvo depois de ter escrito (com Rohmer) sobre Hitchcock; depois de ter juntado Huppert, Sandrine Bonnaire e Jacqueline Bisset para adaptar um livro de Ruth Rendell e de ter usado Mathilda May para a adaptação de Patricia Highsmith; depois de Violette Noizière; depois de ter adaptado Maupassant; depois de ter escurecido os ecrãs com os seus filmes; etc, etc., muito mais.
Guida Maria estreou no Estoril a peça Sexo? Sim, mas com Orgasmo e, em Oeiras, no Teatro Independente, sobe ao palco Sexo? Sim, Obrigada. Uma das atrizes da segunda peça diz que o sexo “ainda é tabu mas, aqui, é tratado com abertura e naturalidade”. Não sei onde inventou essa história do tabu, porque há sexo “com abertura e naturalidade” em todas as páginas, em todos os ecrãs e, supõe-se, em todas as cabeças. O Estado e a nação querem também mais educação sexual para que o sexo seja encarado ainda “com mais naturalidade”. Por mim, que sou pela devassidão, acho incómoda tanta “naturalidade”, além de que o tabu tem certas vantagens operacionais e estratégicas, libertando a imaginação. Um dia acabaremos, espero, a defender a existência de uma educação para o pudor.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
O cavalheiro bem pedia para não brincarem — mas nada feito, brincaram mesmo. E, a brincar, vai a nove. Mas não é isso que interessa.
Depois do começo: 5771.
Para os meus amigos («que possam merecer muitos mais anos»), Shanah tovah.
שנה טובה
Não apenas isto; ontem, creio que no noticiário do meio-dia, a Antena 1 noticiava as conversações Israel-Autoridade Palestiniana e, como comentadores, ouviu a representante da AP e o embaixador do Irão.
São ambos vermelhos. Mas a joaninha tem mais pontos.
Uma das vantagens de ser editor é esta: ler As Aventuras de Augie March, de Saul Bellow, à razão de dois a três capítulos por dia, até chegar ao fim das 700 páginas. Só sai na próxima sexta-feira, invejosos.
«Tem tento na língua. Quanto mais amares as pessoas, mais elas te enganam.»
«Por isso não me venham falar de Deus — dizia. Mas era ele que estava sempre a falar de Deus.»
Cara Rosário: li os teus receios e gostava de te descansar, até para que outras pessoas não imaginem coisas e prolonguem os equívocos. A revista Ler continuará — ponto. Garantido. O Prémio José Saramago continuará – ponto. Aliás, os prémios para inéditos não são menores; o Planeta é um prémio para inéditos; o Círculo de Leitores teve o seu prémio para inéditos; a revista Ler manteve o seu prémio para inéditos; e o grupo Leya tem agora o seu prémio para inéditos. Quanto a eu ser falado para ir seja lá para o que for (é uma bela maneira de algumas pessoas tentarem inutilizar-me), não vou — ponto. Garantido. Se tiveres dúvidas, alguma vez (se é que alguma vez tiveste, o que já acho grave), sobre a minha opção, é só clicar no vídeo que está mesmo aqui em baixo.
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