Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Viver sob ameaça.

por FJV, em 26.09.10

Compreende-se perfeitamente a ameaça do primeiro-ministro; ele não sabe «o que fazer quando tudo arde» — a não ser jogar, e jogar bem, muito profissionalmente, para manter o poder, o que é relativamente fácil em Portugal. José Sócrates está preparado para esse jogo há muito e, melhor do que ninguém, sabe como ele pode ser sujo, frio, calculado. Frequentou uma boa escola e viu como os melhores se arredaram depois de considerarem o pântano; não vai na cantiga de Guterres, sabe como o poder lhe faz falta e rodeou-se de um exército eficaz, bem preparado e a trabalhar em rede. Mas os portugueses merecem estar submetidos a esta chantagem: detestam fazer contas, encarar factos, viver a sua vida. Vivem, há anos, num país que não existe: gastam muito para lá do que podem e recusam-se a fazer as contas mais óbvias; acreditam num destino superior que os salva sempre que se aproximam do precipício; entregam-se facilmente nos braços das melhores promessas, mesmo quando percebem que essas promessas não podem ser cumpridas; desculpam os pantomineiros com a existência de outros pantomineiros; aceitam a inevitabilidade da escravidão (a da última moda ideológica, a fiscal, a do Estado, a da que lhes cai melhor e lhes facilita a vida); querem existir em grande, mesmo quando sabem que não passa de fachada; cultivam o ressentimento, ao imitar os discursos dos chefes, uns rapazes malandrecos no tu-cá-tu-lá, cheios de lugares comuns. O resto não faz grande escola nem tem sucesso.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Em saldo.

por FJV, em 26.09.10

Ontem ao fim da tarde, no Chiado, preciosidade entre as preciosidades, numa banca de rua. Os dois volumes da edição Garnier, a clássica, por duas notas apenas.

Autoria e outros dados (tags, etc)

O cantinho do hooligan. Enfim, enfim.

por FJV, em 26.09.10

Irritado com os golos falhados por Falcao, Varela e Fernando, esqueci-me de assinalar esta evidência.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Ingenuidades de Maio.

por FJV, em 26.09.10

Tomás Vasques na mouche: «Quando em Agosto, em Quarteira, Passos Coelho pediu para José Sócrates se demitir até 9 de Setembro, o presidente do PSD sabia que, depois dessa data, ficava com uma batata quente nas mãos: o ónus de ter de aprovar o Orçamento de Estado. E tinha razão.»

Há umas semanas relembrei aqui que tudo começou em Maio: «Há uma lição simples a tirar, desde os Idos de Maio, quando estávamos à beira da catástrofe: em política não se negoceia com quem não está disposto a negociar.» Nessa altura não houve testemunhas; mas houve conversas, e algumas bastante dramáticas. Mas o erro não foi de José Sócrates; a ingenuidade foi de Pedro Passos Coelho.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Do outro lado do canal.

por FJV, em 26.09.10

Uma boa vitória para Cameron. Ed Miliband promete que vai regressar aos valores tradicionais.

Autoria e outros dados (tags, etc)



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.