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Série Literatura Geral. Céline.

por FJV, em 09.09.10

 

Charlotte Gainsbourg, «Voyage»

 

[Sugestão do Miguel Vaz]


«We could go au bout du monde
Till the end of the night
We could go au bout du monde
Till the end of the night
Voyage au bout de la nuit»

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Propaganda.

por FJV, em 09.09.10

Com tanta gente comovida com os altos desígnios que o governo reserva para a educação, não se compreende como ainda há pessoas a protestar contra a tresleitura das estatísticas no ministério respectivo (uma especialidade tão desenvolvida que se acredita que existe um gabinete próprio), contra o fim do ensino recorrente, contra o encerramento de escolas (tirando o papagaio da confederação de pais, está bom de ver), contra a sonegação de estudos e avaliações, contra as experiências pedagógicas e curriculares (à razão de uma ou duas por ano lectivo, das grandes), e até contra o fantástico português em que são redigidos os textos programáticos da casa.

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Não apenas.

por FJV, em 09.09.10

Se, de cada vez que um cidadão bradar aos céus a sua inocência, as televisões correrem a oferecer-lhe uma hora de emissão para bater nos tribunais, clamar que é «a maior farsa judicial de sempre» (de sempre!), queixar-se do sistema judicial (e da imprensa, dos juízes desagradáveis, do MP, dos partidos decapitados ou a decapitar, da turba, das escutas telefónicas, das vítimas, etc.), não me parece mal — desde que esse direito seja garantido a todos os cidadãos, incluindo as vítimas. Podia encontrar-se um investidor animado com a ideia de criar um canal de televisão para aparar lágrimas de indignação e protestos vincados. Mas teriam de ser todos os cidadãos — não apenas as figuras com acesso à televisão, à edição e aos jornais. Não apenas os poderosos. Não apenas.

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Estão vivos.

por FJV, em 09.09.10

 

Uns patuscos religiosos americanos (da Florida), certamente tocados pela febre do final do Verão, programaram para este fim de semana uma jornada destinada a “queimar o Corão”. O ato, em si mesmo, é patético – apenas folclore. Um pouco por toda a parte a religião é, ao contrário das boas almas que a mencionam como “fator de paz”, usada para incendiar seja o que for. Queimar livros é um reação clássica dos idiotas ao longo dos séculos. A Inquisição queimou-os, os nazis queimaram-nos, os fascistas e os comunistas imitaram-nos, festejando bastante a sensação. O egípcio que o governo português queria ver a dirigir a Unesco (uma história por explicar) também experimentou a volúpia do incendiário de livros. Em cada esquina há um louco a repetir o gesto. Estão vivos. Cuidado.

[Na coluna do Correio da Manhã.]

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Evidentemente.

por FJV, em 09.09.10

Crónica de Manuel António Pina no JN de hoje:

«A entrevista "non stop" que, desde que foi condenado, Sua Inocência tem estado ininterruptamente a dar às TVs teve o mais respeitoso e obrigado dos episódios na RTP1, canal que é suposto fazer "serviço público".

Desta vez, o "serviço" foi feito a um antigo colega, facultando-lhe a exposição sem contraditório das partes que lhe convêm (acha ele) do processo Casa Pia e promovendo o grotesco julgamento na praça pública dos juízes que, após 461 sessões, a audição de 920 testemunhas e 32 vítimas e a análise de milhares de documentos e perícias, consideraram provado que ele praticou crimes abjectos, condenando-o à cadeia sem se impressionarem com a gritaria mediática de Suas Barulhências os seus advogados, o constituído e o bastonário.

Tudo embrulhado no jornalismo de regime, inculto e superficial, de Fátima C. Ferreira, agora em versão tu-cá-tu-lá ("Queres fazer-lhe [a uma das vítimas] alguma pergunta, Carlos?"). O "Prós & Contras" só não ficará na História Universal da Infâmia do jornalismo português porque é improvável que alguém, a não ser os responsáveis da RTP, possa chamar jornalismo àquilo.»

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Série Literatura Geral. Dylan Thomas.

por FJV, em 09.09.10

 

John Cale, «Do Not Go Gentle Into That Good Night»

«Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rage at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.»
Dylan Thomas

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