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Esta manhã, pelo menos durante a manhã-manhã, a TSF e a RDP África ocuparam-se dos distúrbios em Maputo, provocados pelo aumento dos combustíveis, pão, transportes, água e electricidade (chegam a 20%, num país em que o salário mínimo é de MTC2,500, cerca de €55). A TSF fez uma boa cobertura, a Antena 1 (estranho, porque os voos da TAP estavam cancelados, etc.) não mencionou o assunto — e a RDP África teve várias intervenções, naturalmente. Curioso, para quem ouve reportagens sobre «distúrbios & motins» na Europa, ouvir dizer, no caso moçambicano, que a polícia lançou gás lacrimogénio diante «das provocações da multidão», que «não se sabe quem está por detrás destas manobras», que «isto está a prejudicar as pessoas que querem ir para casa», que as barricadas estão a «impedir a vida normal», etc. Quando, há cerca de dois anos e por motivos idênticos, houve distúrbios em Maputo, a imprensa referiu de passagem que tinham morrido seis pessoas (na verdade, baleadas). Eram pretos, não é? Gente reaccionária, já se sabe.
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