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Obrigados.

por FJV, em 30.08.10

Ao Miguel e ao Afonso (ena, Afonso, e logo a Ínsua, logo um dos vértices do meu polígono estratégico).

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Nanny state.

por FJV, em 30.08.10

Eu, por acaso, tenho dúvidas. Há, evidentemente, um aspecto importante: o da intromissão do Estado na esfera da vida familiar, retirando as crianças à «tutela» dos pais, uma medida extrema que os pedagogos do Estado gostam sempre de exibir para anunciar o seu poder e o seu alto discernimento. Acontece que essa «tutela» é exercida sobre crianças, que não são parte igual numa relação familar. Ao verificar-se uma situação de maus tratos, as autoridades têm o dever de intervir; o fomento da obesidade pode ser considerado mau trato. Os modernos pedagogos do Estado apreciam muito matérias como educação alimentar ou sexual – mas gostava de vê-los actuar em situações de fome real, violência e abandono. Basta, para isso, ir às escolas nos arredores de Lisboa e Porto, onde é fácil fazer o recenseamento de crianças sem pequeno-almoço e almoço, ou com pais que não existem, pura e simplesmente (vestem a mesma roupa ao longo da semana, não fazem os trabalhos de casa, estão doentes sem saber, ou estão doentes mas não são tratados, por ignorância ou desleixo familiar). A obesidade assusta; é feia; é uma doença social; esteticamente pode ser repulsiva. Parte do trabalho podia, em muitos casos, ser feito na escola (mais uma tarefa dos professores — alguns já a cumprem sem serem «enquadrados» pelas autoridades). Mas há aqui outro problema, o da licença de uso e porte de criança e o da adolescentização progressiva de alguns pais. Tenho dúvidas sobre isso.

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Adop.

por FJV, em 30.08.10

O jornalista do Público, Hugo Daniel Sousa, conclui e bem: «Falta agora saber se, com o técnico suspenso por este período, a direcção da Federação Portuguesa de Futebol avançará para uma rescisão do contrato de prestação de serviços do técnico, alegando que ele não tem condições para se manter no cargo.» Uma pessoa dá por si a apoiar Queiroz, só pela forma como este processo decorre.

Ou seja: o homem é castigado com um mês de suspensão; a Adop (Autoridade Antidopagem de Portugal, um organismo governamental) não concorda com o castigo; por isso, avoca o processo; julga-o à porta fechada; e castiga o réu como entende. As coisas têm de funcionar assim? Quem julga a Adop?

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Isso.

por FJV, em 30.08.10

Sobre o novo disco dos Arcade Fire. Isso mesmo.

 

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Pequenas maltrapilhices.

por FJV, em 30.08.10

Escrevi aqui, ontem, sobre umas declarações de André Villas-Boas acerca da saída de Raul Meireles para o Liverpool. Acusei Villas-Boas de cometer um erro de paralaxe (um eufemismo) por ter afirmado que «o FC Porto tem melhores soluções para o meio-campo do que Raul Meireles». Estas coisas devem analisar-se à lupa, evidentemente, mas há aqui uma maltrapilhice ou do Público ou da Agência Lusa. A primeira reacção foi achar estranhas as declarações de Villas-Boas; a passagem de Meireles para o Liverpool, muito embora «equilibre as contas do Fc Porto», não devia ser tratada com essa ligeireza e desprendimento — trata-se de uma grande memória do clube, tal como Domingos, ou Jorge Costa, Deco, Bruno Alves, Lucho, Lisandro, etc.

Hoje, um amigo (benfiquista) alerta-me para o erro de composição (do Público ou da Lusa, resta saber) dessa frase que Villas-Boas, afinal, nunca pronunciou nem deu a sugerir. Villas-Boas afirmou que o FC Porto tem «soluções tão importantes e tão decisivas como o Raul», mas não «tanto ou mais decisivas que o Raul» como vem escrito no despacho. Estão aqui as declarações, com som (também aqui).

 

P.S. - Curiosamente, o site da Rádio Renascença transcreve um texto semelhante ao da Lusa, embora publique o vídeo onde Villas-Boas não diz o que o texto diz que ele disse.

 

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Charlie Parker.

por FJV, em 30.08.10

Não era apenas jazz. Charlie Parker, ‘Bird’, não era apenas jazz – e teria festejado ontem 90 anos (se não fosse a morte prematura aos 34, em Nova Iorque). Apesar da vida breve, desregrada e trágica, Charlie é, ainda, o mestre sobre todos os mestres – o som do saxofone nunca mais foi o mesmo depois de tocar ‘Ornithology’ ou de reunir Max Roach, Miles Davis e Dizzy Gillespie para tocar ‘Billie’s Bounce’, em 1945. Há quem mencione Parker como a viragem do jazz, a fronteira entre o jazz como elemento decorativo e maior intensidade na interpretação e composição. Talvez seja injusto para os músicos anteriores, mas sem ‘Bird’ o jazz não seria o que hoje é ou o que foi até hoje. Ninguém sabe o que ele tocaria com 80 anos, mas seria decerto muito bom.

[Na coluna do Correio da Manhã.]


 

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Série Literatura Geral. E também Walt Whitman.

por FJV, em 30.08.10

 

Billy Bragg & Wilco, «Walt Whitman's Niece»

 

 

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