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A canção de Rachel Bloom serve de homenagem ao escritor, que cumpriu 90 anos anteontem. Abaixo, a reacção de Ray Bradbury ao ver o vídeo que Matt Edward lhe mostrou.
«Adolf Hitler is likely to have had Jewish and African roots.» No The Daily Telegraph.
A literatura sobre a guerra colonial (a que agora sucede, finalmente, uma memória dos portugueses sobre África) teve momentos altos. António Lobo Antunes abriu caminhos originais nessa onda de romances que tentaram o retrato de uma época e de um trauma. Era necessário, até para que nos pudéssemos confrontar com o passado. Mas uma coisa é a aventura literária – e os testemunhos pessoais que ela transporta. Outra, diferente, é a falsificação que desfigura o registo real da guerra. A literatura sempre viveu de excessos – mas os homens verdadeiros vivem da sua memória, das suas feridas e da sua experiência. O conflito entre antigos militares e os relatos de Lobo Antunes tem a ver com isso. Se a literatura se coloca na trincheira da história, tem de respeitar a história.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
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