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© Alexandre Almeida, I.
Lembro-me de Mário Bettencourt Resendes nesta semana de morte. Não sei se a vida tem um preço, mas creio que não – ou porque o seu é demasiado elevado ou porque a vida não está à venda. Mas lembro-me de alguns gestos seus no velho jornal da Av. da Liberdade. E lembro-me de como mencionou que o diretor de um jornal nunca precisava de deixar de ser um cavalheiro. De como o diretor de um jornal devia defender a liberdade de Imprensa, fosse qual fosse o governo. De como devia ser culto. De como devia ser honrado. De como devia manter a sua independência. De como devia ser tolerante. De como devia ser inteligente. À sua maneira, tentou que o ‘Diário de Notícias’ fosse um espelho de tudo isso. Eu gostava do Mário Bettencourt. Era um ‘gentleman’, o que diz quase tudo.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
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