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A vontade de rir que isto me deu. Tema para um prós e contras.
s Inglaterra, 1 ff dddEUA, 1 dd vdvvQuando uma pessoa vê Gerrard a marcar um golo aos quatro minutos e olha para o resto da equipa e contabiliza Terry, Ashley Cole, Lampard, Heskey ou Wayne Rooney, por exemplo, esquece-se de Green – o que é fatal porque foi por aí que ruiu o que tinha de ruir. Estamos habituados a menosprezar os EUA (foi o que aconteceu no Mundial da Coreia/Japão) e, por hábito, liga-se o cronómetro para fazer a estatística do tempo em que a Inglaterra estaria sem marcar golos. Foram, exactamente, 90 minutos — contando com os 4 de descontos. Estive à espera de ver os ingleses a dar uma lição de bola; engano. Não só o antídoto americano foi eficaz, mesmo a jogar medíocre, como a ideia de pôr aquela gente (treinada em passes longos e em velocidade) a jogar à italiana se revelou um logro, sobretudo porque Green não é Buffon, nem Marchetti, nem Toldo. Heskey tentou, Lampard tentou, Wright-Philips (quem?) tentou, mas só Rooney tentou e andou no seu lugar, o que não evitou aquele ressalto no poste (de Altidore) depois de mais uma maravilhosa prestação de Green. Os jogos de abertura são sempre chatos, mas Green, como lembra o Público, não está sozinho.
aaArgentina, 1 ss Nigéria, 0 ff hPerdi os primeiros dez minutos como se ficasse retido nos corredores do estádio por um velho colega de faculdade que já não via há vinte e oito anos e que era insensível aos festejos das bancadas quando apareceu o golo de Heinze. Escrevo «apareceu» porque suponho que foi isso que sucedeu mesmo. Dizem-me que foi a seguir a um canto, mas não tenho garantias. Uma pessoa nunca pode fiar-se no que lhe dizem quando se trata da Argentina, sobretudo porque toda a gente tem opiniões sobre a Argentina, em especial aqueles que gostam do Brasil e querem ver os argentinos esmagados ou, pelo menos, ridicularizados – na mesma percentagem dos que já não suportam os brasileiros e querem que a Argentina ganhe tudo, mas não têm coragem de dizer isso aos vizinhos. A tentação é a de dizer o que eu disse na ocasião: a Argentina de Maradona ganhou mas o futebol daquela orquestra de grandes talentos foi uma desilusão; ter Messi, Milito (que só entrou no fim), Tevez, Verón e Higuaín (e dispensar Cambiasso e um génio como Zanetti, o pêndulo admirável) e adormecer-nos daquela maneira, merece castigo. Pode ser. Mas a verdade é que Messi também tem razão quando se justifica com o nervosismo da estreia, o que não explica a total ineficácia do lado esquerdo do ataque, que não funcionou ou porque ninguém passava a bola para lá (com medo), ou porque o lado direito era mais eficaz (para compensar o lado esquerdo). Vão lá ver quem jogava pelo lado esquerdo e confiram; não sou hooligan por acaso. A vox do povo falou de uma orquestra afinada, e de facto lá estavam os instrumentos, lá estavam Higuaín (só eu vi-o a falhar três golos) e Messi (com dois) a fazer pontaria a Enyeama. Isso pode ser, mas a verdade é que nos últimos dez minutos Obafemi Martins e Uche podiam ter arrumado a questão e nunca é de fiar. Que Maradona fume o seu charuto mas não venha gabar-se.
s Coreia Sul, 2 ff dddGrécia, 0 dd vvvVi os dez minutos finais e festejei com a repetição do golo de Ji Sung Park. Em jogos decisivos, Fergusson põe o rapaz a jogar mesmo que não tenha aparecido no relvado nos últimos jogos oficiais. Os sul-coreanos são aplicados, parece. Fundamentalmente, o estilo de jogo da Grécia pareceu-me igual ao de 2004 só que sem a inspiração do seu futebol à Scolari. Foi assim que ganhou o Euro o que, em circunstâncias destas, leva sempre um português a sorrir.
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