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aaUruguai, 0 ss França, 0 ff hUm jogo maçador, fundamentalmente por causa de dois falhanços de Diego Forlán e da entrada de Henry, que não conseguiu nem o penalti nem um golo com a mão. Nos últimos instantes, pensei que Forlán poderia marcar com a mão e deixar os franceses à beira de um ataque de nervos, mas o ruído das vuvuzelas deve ter a sua influência. O meu editor italiano, Giorgio Di Marchis, é um laziali à antiga (dos que prefere que o Internazionale ganhe à Roma do que aturá-los durante um Verão inteiro – como eu o compreendo) e deve ter apreciado Muslera, a quem daqui mando um abraço e a recomendação para trocar os collants amarelos de lycra ou nylon (devem ser de três quartos) e para se pôr a par das últimas tendências. O empate serve a 100% os objectivos da França, que passam por três empates na fase de apuramento mais duas vitórias por um golo de vantagem nos penaltis na fase final até chegar lá. Lá. O árbitro era muito simpático e durante o jogo um dos meus filhos manifestou simpatia pela França, o que me levou a, com o cavalheirismo de um sportsman tolerante, ameaçar com um pequeno corte na semanada e proibição de sair à noite até um dia destes. Felizmente, enquanto explicava à audiência o nascimento da maravilhosa república cisplatina onde, segundo algumas fontes, nasceu o tango (coisa que eu invoco sempre que se fala de Buenos Aires; é a pergunta do costume feita a um argentino, «e olha lá, em Buenos Aires também se dança aquela música de Montevideo, o tango?»), uma semicriação portuguesa, o jogo chegou ao fim e pudemos dedicar-nos a jantar.
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