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A propósito do post sobre o blog Dias Com Árvores, o José David Lopes enviou-me esta extraordinária passagem de Baudelaire:
«Dis-moi, mon âme, pauvre âme refroidie, que penserais-tu d'habiter Lisbonne? Il doit y faire chaud, et tu t'y ragaillardirais comme un lézard. Cette ville est au bord de l'eau; on dit qu'elle est bâtie en marbre, et que le peuple y a une telle haine du végétal, qu'il arrache tous les arbres. Voilà un paysage selon ton goût; un paysage fait avec la lumière et le minéral, et le liquide pour les réfléchir!»
José Medeiros Ferreira citou as viagens a Marte, onde os aparelhos enfrentam nuvens de magma, e comparou-as ao receio pela nuvem de cinza islandesa — quem sabe se não será um argumento para ligar toda a Europa de TGV? Seja como for, o tunisino Hubert Haddad (Palestina) e o marroquino Mohamed Berrada (Como um Verão que Não Voltará), além de Tim Butcher (Rio de Sangue) foram impedidos de chegar a Matosinhos porque Londres e Paris não tinham voos.
A poucas horas do jogo com a Académica, ao almoço, um benfiquista (Carlos Vaz Marques) explica a um sportinguista (José Mário Silva) como se desenrolará o resto do campeonato.
Em pose de banda de rock dos anos 90, Athur Dapieve (Black Music e De Cada Amor Só Guardarás o Cinismo) e Lourenço Mutarelli (A Arte de Produzir Efeito sem Causa).
Absolutamente notável a conferência inaugural de José Medeiros Ferreira nos encontros Literatura em Viagem, em Matosinhos. Infelizmente, não está ainda escrita; de memória, com a ajuda de umas pequenas notas, J. M. F. falou da actualidade, da viagem, do «fim do pensamento», da literatura e da tolerância, sempre em redor da literatura. Um dos pontos essenciais foi a descrição das viagens de Natália Correia e de Nina Berberova à costa Leste dos EUA em 1950; ambas as escritoras estiveram em Harvard, Boston, Rhode Island e passearam em Cape Cod e Newport — mas com olhares tão diferentes sobre os mesmos factos, e com disponibilidades inteiramente diversas. Uma sessão para manter na memória.
José Sócrates e membros do governo no Solar dos Presuntos.
Meu caro Eduardo: incluir-me numa série de cronistas ou colunistas que tem «como traço distintivo o ataque cerrado, em maior ou menor grau de corrosão, às políticas do PS e à pessoa de José Sócrates» não me parece correcto. A «pessoa de José Sócrates» é-me indiferente. Quanto ao «ataque cerrado», supõe que «as políticas do PS e a pessoa de José Sócrates» ocupam todo o tempo e atenção; não é verdade — há coisas muito mais importantes.
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