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Hoje confinados ao extremo ocidental, é natural que recordemos as “partes do Império”. Há autores que vão escrevendo sobre as suas (ou dos outros) memórias de Angola e Moçambique, por exemplo. O timorense Luís Cardoso trouxe-nos a sua ‘visão ultramarina’. Cabo Verde tem a sua literatura há muito, e os portugueses não têm memórias coloniais do arquipélago. Raquel Ochoa, em A Casa-Comboio (Gradiva), recria a presença dos portugueses na Índia (Nagar-Aveli, Diu, Damão, Goa) durante 450 anos, através de uma história familiar e comovente. Para primeiro romance é muito bom – e convinha que os seus leitores se dessem conta de que têm nas mãos um documento excepcional que recupera para a nossa literatura um mapa que, desde o salazarismo, tem sido ignorado e maltratado.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
Bruno Vieira do Amaral, Rui Passos Rocha e Tiago Moreira Ramalho estão unidos pelo emblema («douta ignorância»). A ver se a raiz vem de Sócrates ou de Nicolau de Cusa.
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