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Azembla's Quartet, «Esquece tudo o que te disse».
Há males que vêm por bem. Mais racionalidade, menos tango, mais jogadores da casa e, se possível, mais talento comprometido. Ou sigam o caminho do fadista: «Não se assustem com os prejuízos das nossas contas.»
O problema não é, vá lá, a frase («não sei se mentiu, se não mentiu, mas se mentiu nem acho que seja assim muito grave...»), é a imagem geral.
Vejo, com surpresa, a surpresa de alguns bloggers sobre as declarações de Lula acerca dos dissidentes cubanos e estabelecendo uma equivalência com «os bandidos» brasileiros. Só quem esteve muito distraído pode ficar surpreendido. Lula não é o único a fazê-lo no Brasil; José Dirceu, Emir Sader, Genoíno, Dilma Roussef, etc., etc. O ar de espanto é mesmo de meninos... Não esqueçam que Lula já entregou à polícia cubana refugiados políticos.
Os portugueses têm má relação com o clima, que é destemperado – e não moderado. Só assim se explicam tantos avisos das autoridades sobre as ameaças de frio e calor. Desta vez é um pavilhão gimnodesportivo acabado de construir em Beja. Pronuncia-se ‘Beja’, e o que pensam os arquitetos? Calor. Daí que tenham construído um pavilhão sem coberturas laterais por onde entra a chuva e que faz do inverno (já vivi no Alentejo e sei) um pavor. Resultado: o pavilhão, glória do Parque Escolar, não é frequentado. Durante uma visita das autoridades encontrou-se uma explicação, que foi dada aos alunos e professores descontentes: a culpa é do clima e, quem sabe, da humidade gerada pelo Alqueva. Podemos construir maus edifícios mas, quanto a justificações, é a nossa grande especialidade.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
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