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Parece que certos e determinados indivíduos estão a despertar para uma explosão hormonal. Antes isso, que é benigno. Podes começar a correr que ainda me apanhas.
José Medeiros Ferreira, no Córtex: «O Google não terá tido problemas com as autoridades portuguesas para colocar em funcionamento o serviço Street View que mostra com detalhe ruas, quintais carros e matrículas. Mas já na Alemanha, e no Japão, a coisa não tem sido fácil. Aconteceu-lhes alguma coisa desagradável no passado? Vejam lá se aprendem connosco, cidade aberta, que também queremos ver as vossas caras e casas mesmo desfocadas! Quem não deve não teme, etc..»
O comunicado do Conselho Superior do Ministério Público diz que o organismo «quer impedir a contaminação do Ministério Público por considerações de índole política» e não admite «que se insinuem motivações extra-jurídicas» em relação às suas decisões. Ótimos princípios. Quanto a não admitir, enfim, lá iremos. Vamos ler a imprensa dos últimos, digamos, dez anos?
O nome de José Mindlin (1914-2010) é um antídoto contra a ignorância sobre o Brasil. A vida do paulista bibliófilo (e bibliómano) é, também, um antídoto contra a ignorância em geral — sobretudo de muitos dos seus pares e de quase toda a legião de letrados profissionais. Formado em direito, trabalhou toda a sua vida em outras áreas profissionais (tecnologia e empresas de investigação tecnológica, essencialmente); a bibliofilia ocupou-lhe tudo o resto. Como ele, outros bibliófilos ocuparam a biografia do Brasil dos anos cinquenta, sessenta e setenta, construindo bibliotecas pessoais que depois doaram (como o caso de Mindlin, que entregou as suas coleções à universidade), provando que há uma responsabilidade social dos ricos — a mesma que levou à formação de coleções privadas nos grandes arquivos brasileiros e à criação de fundações privadas com objetivos declaradamente públicos. A vida de Mindlin, um amigo de Portugal, é um exemplo de paixão pela bibliofilia, com a vantagem de não se ter deixado dominar pela paranóia da glória.
[No Almocreve, como de costume, links para saber mais.]
Obras de Borges pelos cafés de Buenos Aires. Sabem o que é a inveja?
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