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O governo termina o ano em baixa. Primeiro, com a suspeita de que o presidente da República não vai deixar passar o Orçamento sem uma palavra; depois, com uma mensagem de Natal muito dispensável, em que José Sócrates vestiu a pele de um propagandista em vez de se apresentar como um estadista em que os portugueses confiassem – falando da crise no plural. A questão do Orçamento não é inocente. O governo e o PS quiseram a guerra com o presidente, “pondo-o no sítio”. Cavaco, que é discreto e não gosta de cometer o mesmo erro duas vezes, não deixará o pobre orçamento à solta e à mercê de operações de propaganda ou de “contabilidade política”. Os eleitores, na verdade, podem não confiar na oposição – mas começam a descrer de um governo que os trata como ignorantes ou patetas.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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