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Uma pessoa quer estar de boa-fé, mas acaba sempre mal servido. O PSD abstém-se na terceira votação sobre o estatuto dos Açores sabendo que faz mal e que podia ter-se arrependido da asneira inicial, mas tem medinho do anti-ciclone. Mais: proibiu mesmo alguns deputados de votarem contra. Ah, disciplina partidária, tão cumpridor que está o partido. Ainda bem, como diz o Tomás Vasques, que o PSD «não está para concordar com presidentes da República que não conhece de lado nenhum». Que nem uma múmia.
Ouço uns amigos na televisão a dizerem eu não como fritos como vegetais e fruta não fumo não bebo faço ginástica levo uma vida saudável e então esqueço-me das vírgulas trata-se de uma traição e vai assim mesmo fico só sem vírgulas ainda dá para pôr um ponto final mas só isso mesmo.
Houve um tempo de completa indigência nas escolas. Uma parte da “classe” safava-se como podia e fazia o papel do funcionário público previamente cansado, evitando o trabalho, aproveitando o artigo 4.º, subindo com diuturnidades e antiguidades, gozando férias prolongadas, recusando avaliações e formação. Com o tempo, a coisa mudou. A escola era vigiada e, ela própria, exigia mais atenção. Ontem, um estudo mostrava que 75 por cento dos professores escolheria outra profissão. É um bico de obra. Não se pode ter uma escola pública de qualidade com o actual ambiente de desconfiança. Por um lado, tem de haver mais exigência e mais rigor; por outro lado, os professores não podem ser tratados como sentinelas de aula ou funcionários do Ministério. É esse o dilema dos dias de hoje.
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