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Alberto João Jardim acha que há “grupos dentro do PSD” que querem a vitória de José Sócrates para poderem, diz ele, “defenderem os seus interesses económicos”. Não é grande novidade. Para retomar um lugar-comum de séculos, o capital não conhece pátria nem se empata com minudências. Pode ser cruel, mas não deixa de ser verdade. Os “interesses económicos” vêem os tempos de crise a flutuar no horizonte e fazem contas aos milhões de euros que Sócrates anunciou para “apoio à economia”, aos pacotes de “incentivos fiscais” e às “linhas de crédito” que se anunciam – seja lá o que isso for. O pequeno capital lusitano é obrigado a pagar o crédito com o seu silêncio. Jardim esbraceja, como é seu hábito, mas tem razão. Não porque lhe valha grande coisa, mas porque as coisas são como são. Vem nos livros.
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