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É um documento notável e maravilhoso. De acordo com uma directiva da Comissão Europeia, espécies hortícolas e frutícolas, como damascos, espargos, beringelas, feijões, couve-de-bruxelas, cenouras, couve-flor, cerejas, pepinos, alhos, repolhos, melões, cebolas, ou espinafres poderão passar, finalmente, ser vendidos em formatos ‘deformados’. Já outras espécies, malévolas, irregulares e desobedientes, como maçãs, kiwis, alfaces, pêssegos, morangos e tomates terão de se apresentar com os tamanhos que a comissão define no gabinete. Segundo a comissária da agricultura (a sério), é “uma nova era para os pepinos curvos e as cenouras nodosas”. Os nossos quintais rejubilam, eufóricos, ao verem que Bruxelas continua a meter os legumes na ordem. E os cidadãos festejam por não lhes alterarem o calibre dos tomates.
Chamo ainda a atenção para esta notícia: «O Banco Alimentar de Luta contra a Fome esteve impedido este ano de distribuir frutas e legumes a quem recorre aos seus serviços para poder comer porque não está autorizado a distribuir frutas e legumes que não cumpram os parâmetros de tamanho e cor impostos pela União Europeia.»
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