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Em Ouro Preto, o coração do barroco luso-brasileiro (Minas Gerais), acabou ontem o Fórum das Letras, que rivaliza com o mais popular Festival de Paraty. O tema é “a literatura e o mistério” – não há relação mais simples nem mais óbvia. No cenário onde viveram poetas e músicos de eleição que os portugueses desconhecem (como Cláudio Manuel da Costa ou Tomás Gonzaga, mas também Elisabeth Bishop), o tema lembra muito o facto de “a literatura de agora” se limitar a tratar das paixões evidentes – o sexo, o poder e a desilusão. No meio do sofrimento e da busca da felicidade, a literatura serve também para providenciar conforto e perturbação a quem quer ver mais longe do que o mundo imediato promete. A isso chamamos, salvo erro, mistério. E é por isso que a literatura existe.
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