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A skyline de Frankfurt e a Römer, o velho centro da velha Frankfurt am Main. De Goethe à Feira do Livro que começa amanhã – e um velho poema já publicado:
O CREPÚSCULO
Carvalhos amadurecidos deixam cair as suas folhas
numa praça de Frankfurt. Por pouco seriam
contemporâneas de Goethe, essas folhas castanhas,
quase secas, sem perfume. As ruas escurecem,
a cidade morre como as outras cidades, entre
cartazes de circo e o odor do frio, as ruas molhadas
como as ruas de outras cidades, o céu negro
como a noite de outros lugares. Carvalhos. Bétulas,
rosas, faias, castanheiros ao longo do Meno,
recordações de passeios e de inclinações – tudo desaparece
com o Outono e a literatura, sem excepção.
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