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«A China.org.cn, uma página de Internet que é administrada pelo Gabinete chinês de Informação, noticiou que os internautas chineses estavam indignados com o álbum [Songs for Tibet, produzido pela Fundação Arte pela Paz (Art of Peace Foundation) e promovido pelo ICT, possui 20 canções de artistas célebres como Sting, Moby, Damien Rice e Alanis Morissette] e estavam a "organizar-se para denunciar a Apple" e proibir os cantores e produtores de entrar no país. Segundo o artigo, alguns chineses estariam prestes a boicotar todos os produtos da Apple, um golpe que poderia prejudicar a empresa, que abriu a sua primeira loja na China há um mês e que está em negociações para introduzir o iPhone no país.» Notícia aqui. Imagina depois do espírito olímpico, a indignação que vai ser.
Os mais velhos contentam-se, abrem os olhos a custo diante da luz do Verão. Uma medalha de ouro não é nada, mas alegram-se, festejam, seguem pela vida fora. As novas gerações tiveram tudo prometido, um lugar no cume, fortuna, caminhos abertos antes de chegarem, e não se habituam aos desaires. São vencedores, sobretudo quando exigem uma disciplina total, uma perfeição que só existe antes de a vida chegar.
Manuel Jorge Marmelo sobre Nelson Évora.
Jacques Rogge, presidente do Comité Olímpico Internacional, acha que Usain Bolt «deve mostrar respeito pelo esforço dos seus rivais, de acordo com os ideias do espírito olímpico». Haveria muito a dizer sobre o «espírito olímpico» e os jeitos que Rogge fez à China metendo o «espírito olímpico» por baixo do tapete. O jamaicano exorbitou, fez caretas para os segundo e terceiro, que foram desclassificados? Baixou a cabeça, amuado, e escondeu-se do público? Não. O que a notícia transcreve é o gesto de Usain Bolt: «Abriu os braços em direcção ao público, gesto considerado como sendo de gozo para com os adversários». Ora, esse é um gesto de grande respeito pelo público e pela modalidade. O que ele devia fazer era dirigir um manguito a Rogge e não admitir que ele citasse as proezas de Jesse Owens em Berlim precisamente na China. Mas enfim. Ele é só um jamaicano que não sabe preencher os boletins, não é?
Ele tem um ar despachado, o que o leva a coleccionar uma notável série de frases que era melhor não ter dito. Algumas, por conveniência; outras, por evidente desacerto; outras, por decência. Neste caso, é indecente.
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