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Há histórias de vida & morte que nos surpreendem porque confirmam e, em simultâneo, desmentem as estatísticas. Esta, trágica, confirma que o género humano está doente; e desmente que um certo grau de instrução pode torná-lo mais decente. Vai agora a julgamento, em Coimbra, o estudante universitário de 28 anos, ainda no curso Engenharia Civil, que matou a ex-namorada a facadas (vem no CM de ontem), com “repetidos e muito violentos golpes”, segundo a acusação – Maria José tinha-lhe dito que não, que não queria namorar mais com ele. Um ano depois, o relatório dos psicólogos diz agora que António, o criminoso, sofria de “uma baixa tolerância à frustração”. O género humano não aprendeu nada com anos e anos de experiência. Torna-se apenas mais idiota e mais previsível. É assim.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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