Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Frequentemente se ouvem, nas televisões e nas rádios, uns cavalheiros gabando com foguetes a actuação dos «jogadores com experiência» que «sacam uns penalties», «arrancam umas faltas» ou, pura e simplesmente, se valem da sua experiência para enganar o árbitro. Reinaldo Azevedo comenta o assunto a propósito das críticas de Lula a Robinho.
Ou muito me engano ou, no próximo ano, os hierofantes do Ministério da Educação (aqueles que acham que os professores de Matemática percebem de Matemática mas não percebem de «avaliação» -- uma declaração que deveria forçar a comissão de educação do Parlamento a chamá-los para esclarecer o assunto) dirão que houve uma substancial melhoria da estatísticas e que o homem novo está a caminho com uma taxa de sucesso a festejar. Basta ver a manigância a que eles (os que percebem de «avaliação») se dedicaram. Se não fosse trágico para o sistema de ensino, contaríamos mais uma anedota sobre o assunto.
1. O aborrecido em futebol é que alguém tem que perder e às vezes quem perde são os nossos. Antes assim, do que aumentar a bolha do «somos os maiores»; porque não éramos, dadas as circunstâncias de termos um treinador que insiste em burrices consagradas ao som de Roberto Leal. Com outro treinador, estes jogadores iriam mais longe. Maiores foram os alemães, mais rápidos, mais sólidos, mais concentrados e com uma bússola que lhes mostrava a direcção da baliza. Mesmo assim, a rapaziada não jogou mal mas a verdade é que depois de rever as partidas contra o Azerbaijão, a Polónia ou a Finlândia, compreende-se: Scolari gosta de futebol de flippers: cada jogador transformado num botãozinho, Ronaldo preso ao lugar menos indicado e todos a jogar para a equipa (eu nunca percebi isso), com a excepção de Deco, que esteve genial (apenas ele, valha a verdade). Alguns comentadores falam da Alemanha fria e calculista; eu vi ali futebol, passes, entradas pelas laterais & geometria descritiva. Que os jogadores portugueses são mais talentosos; então encontrassem jogo mais talentoso, porque Ballack, Schweinsteiger e Podolski não são nada de deitar fora, pois não?
2. Espero que a pátria entre em certo sossego.
3. Quanto ao resto, espero que Stamford Bridge conheça em breve Roberto Leal, a N. S. do Caravaggio, e o guarda-redes Ricardo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.