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Eu já tive outra opinião. Notícias como esta merecem atenção porque configuram uma nova realidade na net ou, se quiserem, na web 2.0. Aviso que estou cada vez mais céptico em relação às suas maravilhas; atribuo o problema à idade e evito discutir o assunto, mas acho, na mesma, que o código genético da web 2.0 não oferece todas as garantias. Penso que é um tema que nos devia ocupar.
Há uns meses rir-me-ia das excessivas cautelas de Andrew Keen, neste livro (O Culto do Amadorismo. Como a Internet está a Matar a Nossa Cultura e a Assaltar a Nossa Economia, edição Guerra e Paz). Hoje penso que os danos colaterais da web 2.0 estão a ser cada vez mais prejudiciais para a nossa cultura, para a nossa liberdade e para o nosso trabalho. Releio George Steiner para não cair em tentação.
O assunto tem pouca importância mas gosto dele. Até aqui, sobretudo em Portugal e no Brasil (com poucas excepções, que resultaram em agressão), Scolari só respondia ao que queria e, mesmo assim, de vez em quando (apesar dos favores) acusava a «imprensa desportiva» de o perseguir. Tinha a seu favor o tremendismo gaúcho e o feitio de sargento, que caem muito nas graças nacionais. Mas agora não tem ao serviço os jornalistas de The Ball, The Record ou The Game. Agora, os jornais que o vão perseguir são mais difíceis de satisfazer mesmo que ele se atire aos colarinhos dos jornalistas (coisa que só aconteceria uma vez). Por um lado, querem respostas sobre the game. Por outro, não vai ter descanso. A menos que lhe apreciem tanto o feitio que se calem. Duvido.
Tomem nota desta notícia e vejam como se pressiona a opinião pública:
«o caso de Guimarães é uma ameaça...»
«...a partir do momento em que a defesa dos arguidos tem acesso aos processos...»
«...é a própria investigação à criminalidade económica que fica em causa...»
«Cândida Almeida gostaria que o procurador-geral da República permitisse que a opinião pública pudesse ver a quantidade de material que os investigadores já recolhera...»
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