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Bagão Félix tem razão; ele queixava-se das leis laborais agora propostas pelo governo, que seguem a par e passo aquilo que o próprio Bagão Félix definiu quando estava no governo de direita. No mínimo, trata-se de um plágio; no máximo, estamos diante de uma traição. Na época, o PS (com o actual ministro à frente) fez ruído e, com o PCP e o BE, prometeu a revolução social, protestos na ruas e imolações nos sindicatos, com toda a esquerda à volta. Hoje, no governo, o PS não só não apagou a herança de Bagão, como até ‘dramatizou’ certos artigos da lei dos despedimentos. Ninguém de bom-senso vem para a rua queixar-se de o PS ‘não ser socialista’. A tentação socialista do PS, actualmente, é apenas 'fracturante & moderna', reduz-se ao aborto, à lei do divórcio, à ideia de que o povo é bom, e a pouco mais. António Costa dizia há uma semana que defender ideias de esquerda é bom quando se está na rua, mas muito aborrecido quando se chega ao poder. De facto, é a vida.
[Da coluna do Correio da Manhã.]A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.