Convém lembrar, de resto, caro Pedro, que menos de um mês depois do 27 de Maio em Angola, Luanda recebia a visita de uma delegação do PCP e, uns dias depois, outra do PS -- ambas para manifestar solidariedade com Agostinho Neto. Um juiz angolano calcula em mais de 60 000 mortos os massacres e fuzilamentos que se seguiram ao 27 de Maio, embora ninguém tenha dado por isso na altura, à excepção do então semanário
O Jornal (artigo de Ferreira Fernandes) e de Natália Correia no Parlamento (que se referia ao
Gulag angolano).
Curioso é que, em vésperas de processo eleitoral, estejamos a assistir em Angola a processos de intimidação nem por isso subtis. No caso de Jerónimo de Sousa, que acha que promoveu uma marcha pela Liberdade em Portugal, Angola é um paraíso...