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Estratégias específicas são baratas.

por FJV, em 30.04.08
Façamos contas: reprovações na escola saem caras aos cofres do Estado. É melhor «adoptar estratégias específicas para cada estudante que tenha maus resultados». Todos sabemos isso.

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E a minha política é o trabalho.

por FJV, em 29.04.08
O fundador do Movimento Mérito e Sociedade diz que não se revê «nas orientações políticas nem da Esquerda nem da Direita». Pedro Passos Coelho diz que «não [é] de direita nem de esquerda». 

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Onde está a felicidade?

por FJV, em 29.04.08
O objectivo do Estado não é a criação da felicidade terrena, mas o de permitir a sua conquista pelos cidadãos. Por isso, o alcaide de El Prado, uma pequena cidade chilena, nos mares do Sul, resolveu distribuir mensalmente quatro comprimidos de Viagra aos homens com mais de 60 anos. A ideia é melhorar «a qualidade de vida». Fazes bem, excelente alcaide.

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Liberdade de expressão em Tianamen.

por FJV, em 29.04.08
O presidente do Comité Olímpico Português defende que um boicote aos Jogos de Pequim é prejudicial para a China, para o povo chinês e para os atletas. Pode ser. Anteontem, Vicente de Moura dizia que não haverá restrições à liberdade de expressão dos atletas em Pequim, ah!, repare-se bem!, «excepto na Aldeia Olímpica». Vão falar na Praça Tianamen?
[Da coluna do Correio da Manhã.]

Já agora, consultar este post de Tomás Vasques sobre a celeridade da justiça chinesa.

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O discurso é de graça.

por FJV, em 29.04.08

Os liberais que desembarcaram na Praia dos Ladrões, na Areosa do Pampelido (ficaram para a história como os bravos do Mindelo), vinham dos Açores para libertar Portugal. Nas páginas da historiografia liberal, as ilhas permaneceram como uma espécie de reduto heróico de onde viria a redenção em momentos de crise. Depois da guerra civil e da ida de D. Miguel para o exílio, também os absolutistas encararam a hipótese de formar um exército para invadir o país a partir das ilhas; a dúvida é se o quartel-general seria nos Açores ou na Madeira. Para Alberto João Jardim não há lugar a dúvidas: é da Madeira que deve partir o exército para lutar contra a “candidatura do regime” de Manuela Ferreira Leite. Para o efeito, como acontecia a cada passo com os generais, os príncipes proscritos e até os sargentos de milícias, o líder madeirense já dirigiu uma exortação “às bases do partido e aos dirigentes patriotas”. É certo que ainda lhe falta o exército, mas o discurso é de graça.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Moscavide e o calor.

por FJV, em 29.04.08
Parece que, em Moscavide, aconteceu o absurdo: um homem de 20 anos dirige-se à esquadra da polícia para queixar-se de uma agressão de que fora vítima. Uma pessoa espera sentir-se a salvo dentro de uma esquadra. Não foi o caso – os agressores entraram na esquadra e completaram o serviço com mais pancada à discrição. A ser verdade que isto aconteceu às portas de Lisboa, trata-se de uma bela encenação que merece uma explicação do ministro da Administração. Escrevo «a ser verdade» porque não me parece crível que dentro da esquadra estivesse apenas um agente, um solitário agente da polícia, incapaz de repelir o assalto de um bando de energúmenos. O comando da PSP de Lisboa explica que havia muitas pessoas na rua e que as temperaturas estavam elevadas – de modo que ficou apenas um agente na esquadra. É uma explicação confortável e aceitável. Quando chegar o Verão e houver ainda mais gente nas ruas de Moscavide, a esquadra vai ser entregue a um grupo de baile. Está na cara.
[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Perdão?

por FJV, em 28.04.08
Em que merda de país é que estamos, se numa entrevista com António Cunha Vaz se diz «os jornalistas temem-no» ou «os comentadores falam dele como se se tratasse do demónio em pessoa». Os jornalistas temem-no? E que jornalistas são esses?

[Actualização] Luís Paixão Martins no seu blog: «Incomoda-me muito, enquanto consultor de comunicação e enquanto empresário, que esse trabalho, de anos e anos, de muitos de nós, esteja agora a ser destruído por um arrivista amador que confunde a influência com telefonemas a “amigos” e o trabalho de profissionais com as suas frustrações políticas.»

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O cantinho do hooligan. A verdade desportiva, ou lá o que é.

por FJV, em 27.04.08
Vitória com flamenco, milonga e tango. Não há resultados mais convenientes do que outros. No fim de contas, 5-0 são 5-0. O Vitória merece o segundo lugar, mas terá de fazer-se ao caminho. Quanto ao argonauta da Luz, antes de pensar em invocar o fair play, devia lembrar-se de que aos dois minutos de jogo no Dragão já estavam a levar olés. Isso sim, foi fair play.

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Biodiesel & as contas do Estado.

por FJV, em 27.04.08

A  notícia certamente que não explica tudo, mas o essencial é isto: a ASAE multou a Junta de Freguesia da Ericeira em sete mil euros por lesar o Estado ao “deixar de comprar combustíveis fósseis”, não arrecadando este “a percentagem de 50 por cento”.

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The Job Market.

por FJV, em 27.04.08

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Harare.

por FJV, em 27.04.08
Esta é uma notícia importante (a da derrota de Robert Mugabe). Talvez venha a ser um exemplo para o continente.

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As Têmporas da Cinza

por FJV, em 26.04.08


 

Quia pulvis sum – cinza me cubra:

pó com pó, silêncio com silêncio.

 

E nenhum jejum me santifique,

nenhuma penitência me redima.

 

É melhor assim: que os meus despojos gerem

uma erva daninha, um vaga-lume,

e outra parte de mim ande no vento.

 

Sei os meus deveres, sou pontual e ordeiro.

Tomarei o meu lugar no grande carrossel.

Ninguém me acusará de falta de comparência.

Não será por minha culpa

que a roda perpétua parará.

 

A.M. Pires Cabral, As Têmporas da Cinza

[Cotovia]

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Filhas de Bragança.

por FJV, em 24.04.08

O Expresso deste sábado avançará com uma reportagem sobre as meninas de Bragança. Ora, nós somos um país sério, em pantufas, metidos connosco, sentado diante da televisão, com uma província cheia de melros a cantar nas oliveiras que ainda restam. Em 2004, a Time não tinha nada que nos vir incomodar com aqueles retratos, aquelas declarações citadas entre aspas (como manda a decência jornalística), aquelas revelações sobre as meninas de Bragança. O que é divertido, no entanto, não é a confirmação da existência de «meninas de Bragança» pelo país fora. Até dá um certo colorido. É a existência das Mães de Bragança, entretidas com a moral. Mas Bragança evoluiu, Bragança cresceu, Bragança modernizou-se, Bragança vai na senda do progresso; segundo parece, como conta um agente do SEF, os pobres homens de Bragança, em vez de passearem pelo Largo da Sé e subirem e descerem a Rua Direita discutindo a geada, o futebol e o isolamento do Nordeste, ou consultarem o catálogo do Museu do Sr. Abade de Baçal, são seduzidos por «anúncios publicados na imprensa» e caem na perdição, dirigindo-se na calada da noite até apartamentos alugados por brasileiras. Ah, fossem cidadãs de Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé ou Vinhais -- e tudo se explicava. Mas ainda por cima são brasileiras, não têm bigode e sabem-na toda.
Mas como o Altíssimo é perverso, o Expresso contará ainda mais esta miséria: «Duas das quatro mulheres mais activas do movimento contra a presença das meninas brasileiras na cidade, estão hoje divorciadas. E uma delas perdeu o marido para uma das prostitutas que tanto repudiava.»
Tudo isto ficaria bem num romance de Jorge Amado, se o retrato tivesse uma luz de decência ou de malandrice. Mas no meio do país sonso, de plástico sujo, incomodado com o espelho, eu limito-me a sugerir que Bragança deve ser defendida como uma explosão de sensualidade. E exorto bandos de machos fesceninos e malandros, a perderem a vergonha e a encaminharem-se para as portas da cidade, ao engate: às senhoras de Bragança, rapazes, às senhoras de Bragança!

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Punk marketing. O regresso do rongorongo.

por FJV, em 24.04.08
«O Santanismo é uma espécie de Sebastianismo pós-moderno. Com a diferença de que no primeiro o "desejado" é apenas desejado por ele mesmo.»
{Hidden Perusader, no Bicho-Carpinteiro}

«A candidatura de Santana Lopes parece apenas um ajuste de contas com o passado. Um ajuste de contas motivado pela vontade de se vingar finalmente de quem julga ter começado por minar a sua ascensão a primeiro-ministro.»
{Paulo Pinto Mascarenhas, no Blogue Atlântico}

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Altíssima conspiração.

por FJV, em 24.04.08
Isto, sim, começa a ser interessante. Eduardo Dâmaso publicou um livro (A Invasão Spinolista) em que toca o assunto; eu recomendo a sua leitura.

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Punk marketing. Suplemento.

por FJV, em 24.04.08
Depuralina autorizada a voltar ao mercado: Santana Lopes anuncia candidatura à liderança do partido.

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É a vida.

por FJV, em 24.04.08

Bagão Félix tem razão; ele queixava-se das leis laborais agora propostas pelo governo, que seguem a par e passo aquilo que o próprio Bagão Félix definiu quando estava no governo de direita. No mínimo, trata-se de um plágio; no máximo, estamos diante de uma traição. Na época, o PS (com o actual ministro à frente) fez ruído e, com o PCP e o BE, prometeu a revolução social, protestos na ruas e imolações nos sindicatos, com toda a esquerda à volta. Hoje, no governo, o PS não só não apagou a herança de Bagão, como até ‘dramatizou’ certos artigos da lei dos despedimentos. Ninguém de bom-senso vem para a rua queixar-se de o PS ‘não ser socialista’. A tentação socialista do PS, actualmente, é apenas 'fracturante & moderna', reduz-se ao aborto, à lei do divórcio, à ideia de que o povo é bom, e a pouco mais. António Costa dizia há uma semana que defender ideias de esquerda é bom quando se está na rua, mas muito aborrecido quando se chega ao poder. De facto, é a vida.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Descida aos infernos.

por FJV, em 24.04.08
Enquanto o país segue em frente, o PSD dilui-se numa pequena série de ‘bluffs’ para nos alegrar a semana. Neto da Silva e Patinha Antão? Conhece-os? Alberto João Jardim, conhece-o?  Uns por não serem conhecidos, outros por o serem demais, não dão para candidatos a não ser neste “teatro cómico” em que se transformou o partido. Ontem, os chefes do PSD do Porto e de Lisboa puseram A.J. Jardim na lista de hipóteses para a chefia do partido, lançando o isco às bases. Não vale a pena lembrar que arrebatar votos na Camacha ou em Porto Moniz não é a mesma coisa que ir buscá-los a Almada ou a Ermesinde. Começa a ser preocupante o suicídio desta gente, que se prepara para – se pudesse – destruir o PSD e transformá-lo num saco de gatos ou numa ninharia irrelevante, preparada para um cowboy vir tomá-la ao cair do pano. Infelizmente, o bom-senso não se mete nos neurónios destes cavalheiros. Às vezes é preciso descer aos infernos para regressar renovado; mas descer até este ponto?
[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Punk marketing. O PSD e os soldados.

por FJV, em 24.04.08
Há coisas que se aprendem com o tempo, mas convém fazer o desenho para não sermos surpreendidos: o que os caciques procuram não é um número razoável de soldados para combater, mas sim a soldadesca que lhes permita avançar até ao campo de batalha como rufias ou apenas gente suficientemente ruidosa. Nessa altura, todos perdem. E eles sabiam isso antes.

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Punk marketing. O PSD e as rimas.

por FJV, em 24.04.08
Os discursos de Santana Lopes estão cada vez mais parecidos com as primeiras canções de João Pedro Pais, com aquelas rimas de primeira: aqui, aí, por aqui, por aí, estou aqui.

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