«Ilha, velha ilha, metal remanchado,/ minha paixão adolescente,/ que doloridas lembranças do tempo/ em que, do alto do minarete,/ Alah - o grande sacana! – sorria/ aos tímidos versos bem comportados/ que eu te fazia.// [...] // Mas retomo devagarinho as tuas ruas vagarosas,/ caminhos sempre abertos para o mar,/ brancos e amarelos filigranados/ de tempo e sal, uma lentura/ brâmane (ou muçulmana) durando no ar,/ no sangue, ou no modo oblíquo como o sol/ tomba sobre as coisas ferindo-as de mansinho/ com a luz da eternidade.»
Rui Knopfli, A Ilha de Próspero