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Parece que a Direcção-Geral de Impostos (DGCI) está a enviar cartas a contribuintes recém-casados pedindo-lhes que prestem informações de natureza fiscal sobre o copo d’água, o número de convidados, a quantidade de crianças presentes, quanto custou e quem pagou o vestido de noiva ou as flores, entre outras matérias. Um dia, para alimentar o Estado, há-de querer taxar os presentes oferecidos aos noivos. A terminar as circulares enviadas aos contribuintes em idade casadoira, depois de fazer pedagogia, as repartições ameaçavam com penalidades e multas caso não obtivessem respostas. Porém, isto aconteceu durante a manhã. À tarde, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, reconheceu que os pedidos de informação eram “excessivos” e ia haver uma “correcção”. Alguém lembrou que não podia ser assim. Que há ou deve haver um mínimo de decência e de inteligência. Ou seja: os cidadãos devem estar alerta para o facto de o Estado nem sempre ter os neurónios no lugar certo.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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