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Apesar de tudo, o líder do PSD declarou isto com ar sério: “O PSD ainda não merece ser Governo, o PS já não merece ser Governo”. Entre uma coisa e outra, fica ali um espaço para preencher. É aquilo que Menezes chama “um vazio complicado”. Está a ser optimista. Na verdade, é esse o estado geral do país desde há uns tempos.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
Parece que vai nascer um novo partido “entre o PS e o PSD”, “humanista” e que “quer estar ao centro”. O seu líder diz que quer oferecer aos portugueses uma “política da esperança”. Convenhamos que não é muito original –a ideia é baralhar o ‘centro’, que já anda confuso e espatifado e cheio de patifes. O projecto do Movimento Esperança Portugal integra-se naquele conjunto de iniciativas cheias de boa vontade e de ingenuidade que todos os cardiologistas gostariam de ver a contaminar a sociedade. Felizmente, a política não se fez para quem quer conciliar os portugueses e fazer-lhes ver o caminho da alegria – para isso existem o futebol, a psicanálise, o sexo e até a religião, entre outras coisas. A política é um mundo complexo cheio de compromissos, descaramento e gente de mau-feitio. É nessas coisas que acreditamos. Quando ofereceram o poder ao Mestre de Avis, explicaram-lhe: prometa o que não pode, ofereça o que não tem e perdoe a quem não o ofendeu. Aprendam.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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