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Cultura, cultura.

por FJV, em 04.01.08
Duvido muito de abaixo-assinados contra o Ministério da Cultura. Mas a ideia de que uma das funções do MC seria «consolidar o tecido profissional e criativo de um país» parece-me tão «criativa» como sei lá o quê. O tecido profissional e criativo? Ao contrário dos signatários, onde há gente que prezo mas não entendo, não se percebe o que quer dizer «exigimos um ministro com um projecto». É a corrida à cultura, é a corrida ao orçamento.

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É uma espécie de doença.

por FJV, em 04.01.08
Vitalino Canas desvaloriza os reparos de Ferro Rodrigues. Correia de Campos desvaloriza críticas sobre o encerramento de unidades de saúde (a agitação actual estará esquecida «dentro de um ano») e diz que é «uma excelente política». José Sócrates já tinha dito que nenhum governo tinha sido tão «de esquerda».

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Notícias do bloqueio.

por FJV, em 04.01.08
Pequenas revoluções na imprensa: durante este fim-de-semana.

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É permitido fumar!

por FJV, em 03.01.08
O  Carlos Gouveia informa que o restaurante Lamosa, na Rua do Salitre, nº 164, em Lisboa (fica na saída do Metro do Rato, para a Rua do Salitre, do lado esquerdo) tem três salas e uma delas é para fumadores, com lotação para 60 pessoas.

Evidentemente que o decano dos bares-restaurantes para fumadores continua a ser o Bar Snob, na Rua do Século, ao Príncipe Real.

Outros restaurantes disponíveis: o Galito, em Carnide, onde o Henrique continua a disponibilizar a melhor cozinha alentejana do país além de uma garrafeira superlativa e um bom humidificador de charutos; os espaços de fumadores das cervejarias Trindade e Pinóquio; os restaurantes Mercado do Peixe (Monsanto) e Peixe na Linha (Parede); A Severa, casa de fado. No Porto, além do Capa Negra, no Campo Alegre, há ainda o Labirinto, a cave do Pinguim Café e o Restaurante Campo Alegre (estes, informação do Jorge C.). Atenção, também, ao Café Astória, na Parede.

 

Daqui a uns meses, o blog publicará uma lista intitulada «Filhos Pródigos», onde incluirá os restaurantes que criaram zonas de fumadores depois de terem sido os primeiros a aderir à vaga proibicionista. O caso do Eleven (em Lisboa) é muito particular, porque será sempre incluído na categoria dos mais antipáticos, a banir, depois de a sua RP ter dito que «quem quer fumar tem de ir para a rua»; ou seja, condiz com a minha opinião anterior: aproxima-se da trapaça, com mau atendimento, arrogante, como quem nos presta um favor.

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Informação e Liberdade. Como será a democracia sem jornalismo?

por FJV, em 03.01.08

No próximo dia 15, em Lisboa, haverá um jantar em que os jornalistas portugueses debaterão a auto-regulação da profissão. O tema é mais do que adequado: como será a democracia sem jornalismo? Inscrições aqui, como de costume.

O preço da inscrição deverá ficar em 10€.

No site do Movimento Informação é Liberdade está indicada, por lapso, a data de 8; o jantar será a 15.

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É permitido fumar!

por MAV, em 03.01.08

Informações que ainda não confirmei dão-me conta de que há uma sala para fumadores no Solar dos Presuntos, em Lisboa (um magnífico restaurante, diga-se de passagem).

E a Sara, em comentário a um post anterior, esclarece que também o Lux vai ter uma zona para fumadores.

A cadeia vai crescendo...

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Retrato.

por FJV, em 02.01.08
Nem tudo são misérias, portugueses.

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Na rádio.

por FJV, em 02.01.08
Daqui a nada, na rádio, Pedro Mexia e Torcato Sepúlveda, em directo na Antena Um, para conversarmos sobre os livros do ano, no Escrita em Dia. Depois das onze da noite. Aviso-vos: eu estou com gripe, o Pedro está com voz de constipado e o Torcato passou as duas horas antes da emissão no Snob, o bar que tem à porta afixado «o dístico» que diz «fumadores».

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Caça às trincheiras.

por FJV, em 02.01.08
Ao fim da tarde, no meio da gripezinha de início de ano, deu para ver os telejornais principais, todos eles comovidos com a lei anti-tabaco. Emoção aqui, emoção ali, a GNR chamada para apagar um cigarro, a PSP destacada de viatura para exterminar uma ponta de cigarro acesa numa esplanada, os seguranças de um shopping muito avisadores sobre a saúde pública, perseguindo fumaças, o dono de um café autuado (naturalmente, faltava a expressão) por não ter «os dísticos». Acho que a histeria acabou por calhar, como estava previsto, às trincheiras proibicionistas com a histeria televisiva a apoiar. A lei entrou em vigor, não houve mortos nem feridos; e, se houver nestes dois dias de regresso à normalidade, deve ser pela própria histeria gerada pela paranóia televisiva.

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Humanidade.

por FJV, em 02.01.08

Há um rasto de pequena humanidade no gesto do director da ASAE, que fumou uma cigarrilha na noite de 1 de Janeiro, na passagem de ano. A Direcção-Geral de Saúde diz que o acto é ilegal. Eu, por mim, desculpo-o, mas se o director-geral de Saúde se demite por causa disso, enfim, não quero maus exemplos na administração pública.

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Um amanuense das leis.

por FJV, em 02.01.08
Crónica de Ferreira Fernandes no DN: «[...] quando vi as primeiras fotos de António Nunes, o patrão da ASAE, comecei a suspeitar da bondade da causa.»

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O progresso da democracia. Título que não tem relação nenhuma, atenção.

por FJV, em 02.01.08
Começamos hoje uma nova vida: daqui a nada vou tomar um café no Santa Clara, em Campo de Ourique, e não vou ter aquele primeiro sabor de tabaco do dia. Não sei se sabem o que é a sensação. O Santa Clara abriu em Julho e foi sempre um café não fumador. Já estou habituado. Gosto. Dou um passeio de trezentos metros, do início da Coelho da Rocha até à Ferreira Borges e volta, para comprar os jornais; talvez fume, talvez não.

Vi ontem as reportagens das televisões sobre o assunto. Na quase totalidade, o tom era de quem esperava uma guerra civil nos cafés e bares. Não houve. Só protestos iniciais, algumas indignações sem sentido e regozijos. Acho bem. O pior que pode acontecer aos «fanáticos e exaltados que entendem ser a sua maneira de viver a única irrepreensível» é não haver protestos elevados nem ocasiões para chamar a autoridade, a fim de entregar os prevaricadores à fogueira. Eu defendo que se deve aceitar a lei e respeitá-la. Isso irritará muita gente.

Conheço suficientes restaurantes e bares que conservaram espaços para fumadores. É provável que, para um jantar prolongado (desses, mesmo), procure um deles. De resto, acho que a utilização do espaço público será cada vez mais restrita e «morigerada». Eu prefiro, sempre, jantar em casa. As restrições não me incomodam muito, se era isso que queriam. Sorry.

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Agrião, nabo e cenoura.

por FJV, em 01.01.08


Definitivo, o post de Rui Bebiano no A Terceira Noite; onde se dá conta de que é impossível «a defesa de uma política equilibrada, capaz de combinar os interesses de todas as partes», diante do halo de modernidade que gosta de criar guetos, excluídos e perseguidos, em nome de uma «minoria de fanáticos e exaltados que entende ser a sua maneira de viver a única irrepreensível e aquela que merece todos os direitos de cidadania.» Assino por baixo. Obrigado, Rui.

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Livrarias, tops e etc.

por FJV, em 01.01.08
Aproveito o final da manhã para percorrer os sites das livrarias portuguesas e recordo uma conversa antiga com o responsável de uma delas a propósito dos tops. É mesmo verdadeiro esse top? «Mais ou menos.» Ou seja: «Bom, se o livro não está no top também não se vende, não é?» Trata-se de uma coexistência perversa, mas admitida, entre o top verdadeiro e o top fabricado para o pequeno star system livreiro português.
Quando, na década de oitenta, comecei a trabalhar em informação editorial achava graça aos tops da Bookseller inglesa, por exemplo, que distinguia entre novidades e best sellers; por isso era tão normal que entre as novidades o topo fosse ocupado por, digamos, Robert Ludlum ou Anne Rice ou Tom Clancy; e o best seller absoluto fosse o dicionário Oxford.
Ah, estou a dizer que os tops não são fiáveis? Não totalmente, porque «somos gente de fé». Estou a dizer que é estranha a coincidência da dança de vencedores em algumas tabelas de vendas. Por exemplo, não desconfio nada deste; mas há razões para desconfiar do top da Byblos, que no dia da inauguração já tinha, no seu site, um top muito semelhante ao da Fnac, da Bulhosa e da Bertrand.
Como é possível que, nos tops nacionais de vendas não exista nunca uma referência ao Diário de Anne Frank, a Torga, Eça, Pessoa ou Gil Vicente, por exemplo, que os estudantes do 10º, 11º e 12º costumam comprar? Façam as contas. Sobre a nudez forte da verdade – o manto diáfano da fantasia.

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O povo do livro.

por FJV, em 01.01.08






Apesar de tudo, estas sim, são as melhores fotografias para começar o ano de 2008: chama-se Boekhandel Selexyz Dominicanen, e o José Mário Silva descobriu-a para nós em Maastricht, na Holanda.
Não são as melhores fotografias por serem realmente surpreendentes, fantásticas, belíssimas. Nem por serem de uma livraria. Nem por serem de uma livraria no interior de uma igreja. Há outra razão, neste mundo todo: a ligação entre a beleza, a tranquilidade, o mundo dos livros e o espaço que eles merecem. Esse mundo, de vez em quando, é uma sacanice; o nosso mundo, cá fora, devora-os e gasta-os a uma velocidade filha da mãe, sem ter realmente passado por eles. Se há uma coisa que pode ter melhorado a minha vida ela chama-se «aprender a ser leitor». Ler. Ser leitor. Ser leitor, mais do que ser outra coisa. É uma ocupação inútil, fora isso. Tão inútil que parece vergonha quando nos ocupamos da fusão ou transfusão de um banco, ou quando nos incomodamos com os personagens da vida medíocre que por aí anda. Não sei que melhor refúgio encontrei; não devo ter encontrado. Não em todos os livros, mas nos livros onde encontramos sabedoria, ou conforto, ou energia, ou felicidade, ou alívio, ou tempestades, e que podem ser sempre diferentes em cada noite de insónia ou cada manhã de um novo ano. Talvez o mundo fosse diferente. Talvez o mundo não fosse assim.

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Despedidas no final do ano.

por FJV, em 01.01.08
Agora, foi o Olímpio Ferreira, homem dedicado aos livros, para quem tanto viveu.
[Ver as evocações do Eduardo e do José Mário.]

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Obrigado.

por FJV, em 01.01.08
Ao 31 da Armada: é que não vi mesmo. Embora me tenham dito que era muito, muito bom.
Ao Jorge Ferreira: «A vida é apenas uma sombra que passa» (Shakespeare). Com muito ou com pouco tempo.

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Aniversário.

por FJV, em 01.01.08
O Da Literatura assinala mais um aniversário, o terceiro.

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Fotos do novo ano.

por FJV, em 01.01.08

Pablo Picasso.


Charlize Theron.

Exactamente. Um modelo de elegância.


Marlene Dietricht.


Um homem de Eastwick.


Mark Twain.


Se eu fosse junguiano e não freudiano, como sou.


Albert Camus.


André Malraux.


Sir Winston.


Anónimas, crentes e espanholas.

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