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Acaba de sair em França uma nova edição, ampliada, do Dictionnaire des Littératures Policières, dirigido por Claude Mesplède. No prefácio que escreveu para esta nova edição, Daniel Pennac, citando François Guérif, chama-lhe "Le Mesplède" - como quem diz o Larousse ou, entre nós, o Houaiss -, tal a importância desta obra para uma análise das literaturas policiais em todo o mundo. São dois gigantescos volumes, de 1056 e 1088 páginas, que cobrem não só os autores, mas também as colecções, as revistas, os filmes, tudo aquilo que ajuda a traçar o perfil deste género maior da literatura dos dois últims séculos.
Presenças portuguesas? Claro que sim. Mário Domingues, José da Natividade Gaspar (traduzido em França, nos anos 50, na famosa colecção "Le Masque"), Frank Gold (Luís Campos), Dick Haskins (o ainda activo Andrade Albuquerque), Gentil Marques e Mariália Marques, Ana Teresa Pereira, Strong Ross (Francisco de Almeida Azevedo, que também assinou Paulo Santelmo) e, sobretudo, Francisco José Viegas - uma entrada de quase uma página, ilustrada pelas capas das suas edições francesas (FJV está traduzido na Albin Michel), onde Claude Mesplède afirma, entre outras coisas, que Viegas é "uma das grandes descobertas da última década".
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