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Os lugares essenciais, 2.

por FJV, em 19.01.08









O céu de Buenos Aires, nocturno ou logo pela manhã. Os parques. A Academia Nacional del Tango, que fica em Maipú, bem no centro da cidade, perto de Florida; aí explicam o que é fundamental no tango: «O espírito do músico, do poeta.» Primeiro, o poema, logo atrás a música – e a orquestra. Depois, o cantor. Finalmente, o bailarino, a bailarina. Violinos, bandoneón, pianos e guitarras. Carlos Gardel e Juan Canaro, Beba Bidart, Titã Merello, Aida Luz, Sofía Bozán, Libertad Lamargue, Juan Maglio «Pachá», Eduardo Ardas, Elvino Vardaro ou Júlio Delaro. El Dia que me Quieras, ou Bandoneon Arrabalero ou Yo no Sé que me han Hecho tus Ojos. Depois, o Café Tortoni, o espírito dos grandes cafés. E a música na rua, em San Telmo. O Café Hipopótamo: o dono é Rodrigo Rivera, um galego sexagenário de Vigo que gosta de recitar Ramón Cabanillas (sobretudo de A Rosa de Cen Follas), outro galego, mas de Rianxo. Rivera também diz de cor versos de Fernando Pessoa e de Camões; o Hipopótamo tem a melhor cidra de San Telmo; quase nada melhor para beber a meio da manhã. Em frente ao Hipopótamo, no cruzamento de Defensa e Brasil, em frente ao Parque Lezama, no limite do coração de San Telmo, fica o Café Británico: decadência pura, velhas máquinas de café trepidando de cada vez que são usadas, cartazes de há trinta ou quarenta anos, quando Ernesto Sábato, o escritor, se sentava a uma destas mesas para escrever – aqui concluiu um dos seus romances mais famosos. O Centro, com o Obelisco. Boca, El Caminito. O Café Dorrego, com a melhor cerveja matinal. A Livraria Ateneo. A Recoleta. Borges.
E apenas para ouvir, Carlos Gardel.

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O cantinho do hooligan. Imprevisibilidade.

por FJV, em 19.01.08
Coisas que não entendo. Há pouco, ao telefone com um benfiquista de topo, dei-lhe os parabéns pela vitória na eliminatória de hoje da Taça de Portugal. Resposta, depois da gargalhada: «Ah, meu caro, isso foi a grande ironia da noite.» Imprevisíveis, os benfiquistas. Não apreciam fogaças.

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O fim de uma coisa que não chegou a começar.

por FJV, em 19.01.08
O governo vai acabar com a designação (ao menos para efeitos industriais) de motéis. É uma pena. So fosse no Brasil, seria uma guerra civil, no mínimo.

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