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Os lugares essenciais, 1.

por FJV, em 18.01.08



Pocinho, Alto-Douro.
«Eu sei, / observando-te pela janela (a mim próprio), que tens medo: / a solidão dos anos avança e ninguém tratará de ti, / ninguém te amparará para subires as escadas, ninguém / te levará de visita à terra dos teus maiores para que olhes o rio,/os barqueiros, as ruínas ou os muros das vinhas.»

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Mas enfim, vai haver um hospital.

por FJV, em 18.01.08
O bloco de partos do Hospital de Chaves foi encerrado porque enfim, não fazia falta, está a 68 kms de Vila Real, e bem podem as grávidas de Sto. António de Monforte, Mairos, Izei, Chaves, Faiões, sei lá, Curalha e até Bolideira e Tronco, que já ficam a quase 100 kms, ir para o bloco de Vila Real, onde há tudo, essas merdas. Claro que os pais de Chaves esconderão dos filhos esse trauma vergonhoso que é terem nascido em Vila  Real, a cidade rival sobre a qual se contam histórias que nem vale a pena lembrar. Brincadeira. O que interessa não é isso. O que interessa é que acaba de nascer o Hospital Privado de Chaves que vai ter bloco de partos porque enfim, há 300 pequenos partos, o que já é negócio, antes que se lembrem de ir nascer a Verín ou a Ourense, porque, como me dizia um antigo colega de liceu, antes nascer em Verín do que em Vila Real, são coisas daquelas paragens. E acabo de saber que a filha nasceu mesmo em Verín, que sempre é terra nosa.

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Espanha tem.

por FJV, em 18.01.08
O Besugo, como quase sempre, tem razão. Guardei este post, de 6 de Janeiro, à espera que passasse a febre da contestação ao encerramento dos blocos de partos e das urgências, para voltar a chamar a atenção para ele:

«Vive gente em Ourense. Ourense tem um Hospital com uma Unidade de Cuidados Intensivos e mais merdas.
Chaves não tem, Bragança e Mirandela não têm, Macedo de Cavaleiros e Moncorvo não têm, Régua e Lamego não possuem. Tem isso, apenas, essas merdas, Vila Real.
Não vive gente, nos outros sítios - sim, aqui na Régua também não, aqui também não vive nada nem ninguém -, que não queira, em Portugal, para Portugal, senão estrada. Havendo estrada, meu Deus, parece mesmo que há tudo.
Ourense tem quase tudo, a Corunha também tem; e têm quase tudo Vigo, Pontevedra, Lugo, Ferrol, Santiago. Cuido que mesmo A Guarda tem quase tudo. Verín, sim, também tem tudo, ou quase. E há Zamora, Salamanca, Burgos, Valladolid, Badajoz e Ayamonte. Santander, Gijón, Pamplona, Vitória e Alicante. Valência. Madrid. Bilbau e Barcelona. San Sebastian. Albacete. Múrcia, Málaga e Sevilha. Cáceres e Cordoba. Saragoça e Toledo. Tarragona, Tordesillas. O caralho.
Los pueblos, "os pobos", os sítios, os lugares, a gente dos lugares. E têm, na mesma, estradas.»

Como ouvi, esta manhã, uma dirigente socialista na rádio: Espanha tem outra tradição, que não é a nossa. Ah, queria se senhora dizer «falta-nos uma guerra civil», era?

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Promessas.

por FJV, em 18.01.08
Este homem sabe o que é uma promessa eleitoral.

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O cantinho do hooligan. Em homenagem a Rogério Casanova.

por FJV, em 18.01.08
É provável que o Rogério Casanova retome este fim-de-semana a escrita no Pastoral Portuguesa. Há grandes movimentações entre os rapazes do G.D. Lagoa, que este fim-de-semana defronta o Sporting; eles sabem que está na sua mão deixar que o Casanova escreva, ou se remeta ao silêncio por mais quinze dias. Não me enganei: quinze.

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Revista de blogs.

por FJV, em 18.01.08
«Escrevi aqui em tempos que Ratzinger iria lutar rua a rua, porta a porta, e não me enganei. Não é necessário dramatizar a recusa de alguns académicos italianos: uma certa esquerda europeia nunca foi boa de ouvido ( fazia sempre orelhas moucas os gritos dos torturados mesmo ali ao lado). Este Papa é perigoso porque escreve, pensa e discute. Pode-se concordar ou criticar, mas é assim. E esta foi mais uma batalha ganha: o auto-declarado inimigo nem quis combater.»
{Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado}

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Ler.

por FJV, em 18.01.08

Mais imagens bibliófilas no Jansenista.

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Intervalo.

por FJV, em 18.01.08


Passando em frente, e interrompendo o final da tarde para um modesto cigarillo de Gloria Cubana, o único exemplo em que a marca homónima mas made in Miami é melhor do que a original, cubana.

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Afinal, quem tinha razão?

por FJV, em 18.01.08
Vamos ser um bocadinho formais: a «posição oficial» deste blog foi a de não hostilizar a lei do tabaco. Cumpri. Tanto eu como o Manuel A. Valente cumprimos; limitámo-nos a indicar uma lista de locais onde é permitido almoçar, ou jantar e, depois, cumprir um hábito convivial e histórico, como fumar com o café e o álcool terminal. Nada demais.
Mas, na verdade, não hostilizámos a lei. Pelo meu lado, aliás, concordo com ela. Limito-me a dizer que o Dr. George tem coisas mais úteis a fazer. Parece que, hoje, o Diário de Notícias (como já antes tinha sido sugerido pelo CM) dá conta de mais uma excepção ao rigor do Dr. George. Não era preciso ir mais longe, e limito-me a repetir o que aqui tinha sido escrito três dias antes da entrada em vigor da lei:

«Sobre a questão do tabaco, os bares e restaurantes podem optar, em determinadas condições, por serem «abertos a fumadores». Alerto, no entanto, para o facto de haver uma lacuna legislativa a explorar: não está regulamentado o modelo desses bares e restaurantes. Roda livre. Esqueceram-se. E a minha fonte é segura.»

Por isso, a posterior tentativa de intimidação, feita pelo Dr. George, é apenas fogo de artifício, pela simples razão de que não pode legislar em directo. O civilizado é isso mesmo: fumadores podem fumar nos locais permitidos; os não-fumadores não fumam em nenhum.

Como, aliás, se percebe: a Asae não tem os procedimentos clarificados.

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Guia de leitura, 1.

por FJV, em 18.01.08
A ler o post de Henrique Burnay: «Eu não fumo. Já fumei, agora não fumo.»

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As faculdades de Letras.

por FJV, em 18.01.08
Texto de Daniela Kato no A Destreza das Dúvidas (via Superflumina):

«Para os que, como eu, ainda acreditam que se a poesia tem alguma função esta não pode ser se não, parafraseando o poeta americano Jonathan Williams, «evitar que o gelo se forme nos corações humanos», a passagem por uma Faculdade de Letras sugere antes um frio
glacial. A maior das provações, sem dúvida, a que pode ser submetida essa crença na capacidade da Literatura para (co)mover. Desenganem-se os que pensam que as Faculdades de Letras são hoje (se é que alguma vez foram) lugares de cultura, se por «cultura» entendermos todo um conjunto de valores, linguagens, práticas e atitudes perante o conhecimento, transmitidos de geração em geração.»

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