O
Besugo, como quase sempre, tem razão. Guardei
este post, de 6 de Janeiro, à espera que passasse a febre da contestação ao encerramento dos blocos de partos e das urgências, para voltar a chamar a atenção para ele:
«Vive gente em Ourense. Ourense tem um Hospital com uma Unidade de Cuidados Intensivos e mais merdas.
Chaves não tem, Bragança e Mirandela não têm, Macedo de Cavaleiros e Moncorvo não têm, Régua e Lamego não possuem. Tem isso, apenas, essas merdas, Vila Real.
Não vive gente, nos outros sítios - sim, aqui na Régua também não, aqui também não vive nada nem ninguém -, que não queira, em Portugal, para Portugal, senão estrada. Havendo estrada, meu Deus, parece mesmo que há tudo.
Ourense tem quase tudo, a Corunha também tem; e têm quase tudo Vigo, Pontevedra, Lugo, Ferrol, Santiago. Cuido que mesmo A Guarda tem quase tudo. Verín, sim, também tem tudo, ou quase. E há Zamora, Salamanca, Burgos, Valladolid, Badajoz e Ayamonte. Santander, Gijón, Pamplona, Vitória e Alicante. Valência. Madrid. Bilbau e Barcelona. San Sebastian. Albacete. Múrcia, Málaga e Sevilha. Cáceres e Cordoba. Saragoça e Toledo. Tarragona, Tordesillas. O caralho.
Los pueblos, "os pobos", os sítios, os lugares, a gente dos lugares. E têm, na mesma, estradas.»
Como ouvi, esta manhã, uma dirigente socialista na rádio: Espanha tem outra tradição, que não é a nossa. Ah, queria se senhora dizer «falta-nos uma guerra civil», era?