||| Terminal 2.Há quinze dias, aproximadamente,
Medeiros Ferreira e eu tecemos alarvemente, e em lugar público, considerações cruéis sobre o que significava realmente a criação do Terminal 2 do aeroporto de Lisboa. Basicamente, o Terminal 2 é um barracão mal construído, desconfortável, onde nada funciona correctamente, onde quase tudo é feio e desastroso, e para onde a ANA e a TAP e a Groundforce e o Estado resolvem enviar os passageiros de voos domésticos. Ou seja, relegá-los para pessoal de terceira categoria, metidos num saguão onde não há lugares sentados, onde não há beleza nem conforto, onde tudo é desajeitado e de segunda e terceira ordem. Ainda o Inverno não está aí (e aí sim, quando vier, será realmente penoso), e já o Terminal (o barracão) está «avariado», a necessitar de reparações e de benfeitorias, metendo água e resvalando para a sujidade habitual. Esta é a forma como o Estado (e a ANA, e a TAP e a Groundforce) tratam os seus passageiros, os seus clientes e os seus contribuintes. É uma imagem perfeita da ideia que o Estado (e a ANA, e a TAP e a Groundforce) tem de nós todos: gente para maltratar. Eles não merecem senão que os tratemos mal.
[FJV]