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por FJV, em 20.10.07
||| Mais palavras (contributos), 2.
O Gonçalo Soares, correspondente em São Paulo, envia uma lista para entrar no Acordo Ortográfico e que será acrescentada ao conjunto original:
Itaquaquecetuba, tribufu, baranga, bruaca, xexelento, mequetrefe, suruba, fuxico, macaxeira, umbú, pitomba, pitanga, bambúrrio, traquete, bujarrona, gurupés, estai, enxárcia, mezena (os termos náuticos são um mundo à parte), rebaldaria, salamaleque, vasqueiro, cânhamo, alcouce, sacripanta, cachalote, bisbilhotar, fanchono.»
Por seu lado, o Miguel Marujo relembra o
bem-te-vi-de-igreja
que figura no velho Dicionário Geral e Analógico da Língua Portuguesa, de Artur Bívar.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| A vergonha não se redime assim.









Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, dois boxeurs cubanos, desertaram da delegação cubana durante os jogos Pan-Americanos do Rio. O governo brasileiro mandou que eles fossem presos e deportados, a 4 de Agosto último. Regressaram a Cuba num avião colocado à disposição por Hugo Chávez. A Comissão de Relações Experiores do Congresso Brasileiro decidiu investigar as condições em que o governo de Lula devolveu os cubanos à procedência, sobretudo depois de a imprensa noticiar que eles já não estão em Havana e sim num local recôndito e desconhecido da ilha. Assim, decidiu enviar um grupo de deputados a Cuba, a fim de entrevistarem os rapazes. O embaixador de Cuba em Brasília negou o visto, com o argumento de que se trata de um assunto interno do seu país.
O embaixador de Cuba tem razão. A vergonha foi cometida no Brasil e os seus responsáveis têm nome. Lula é o primeiro deles, no topo da lista.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Mais palavras (contributos). «Porreiro, pá» e «cornogodinho» já estão na lista.
Na primeira fase eram apenas
Encanitar, desmilinguido, desmilinguir-se, sacanagem, amunhecar, moçoila, arre chiça, libidinoso, gemedeira, cardão, alarifona, alapardado, biltre, barnabé, coima, fescenino, chocolateira, desenxabido, barbicha, cavanhaque, feiteira, inadimplente, clitóris, clitoridiana, lampadejar, amodorrado, hirundino, acédia, camisa-de-vénus, ambulacriforme, esternocleidomastóideo, Nitrato do Chile, caganita, gralheira, mariola, meretriz, pororoca, bugiganga, Pindamonhangaba, funâmbulo, estrambótico, tramontana, malino, amásia, pantomineiro, futrica, galocha, elipsígrafo, Procópio, topete, maçaranduba, marafona, deliquescente, rubicundo, camandro, meditabundo, condómino, palatinado, serendipismo, ambrósia.
A segunda fase acrescentou
Borogodó, acutilância, badalhoca, gorgomilo, apotegma, apostasia, hieróglifo, teodolito, azurrador, albacora, urubu, catraio, ditirâmbico, adstringente, coxote, xoxota, covilhete, crestomatia arcaica, daguerreótipo, gáspea, gororoba, chilique e, estranhíssimo, muito estranho mesmo, mas delicioso, lesbiano.
A terceira fase sugeriu
Tainar, rabónico, viperino, teratogenia, draconiano, inhame, boto, roaz, araponga, encurvadura, fedúncia, narguilé, labéu, pardizela, parlenga, parlatório, esquixa, lábia, gambérria, guilha, engaramponar, longicórneos, cerambicinos, ponderoso, chimpar, luzimento, pomologista, rameloso, concupiscência, senzala, trombudo, marruaz, caturra, sestroso, sazonar, abemolar, atrabiliário, brundúzio, galfarro, barzoneiro, cachopo e dildo.
Mas já há mais alguns, como
dar de vaia, lapardeiro, lapouço, alforreca, alcagoita, espongiforme, pudicícia, bandulho, escaganifobético, esfíncter, vulva, «porreiro, pá», sodomita, esprovamento, esputação, néscio, escanção, corrupiana, franganote, lagalhé, valhacouto, donairoso, facécia, gaivagem, almoxarifado, prosápia, peralvilho, urumbela, jagodes, ovante, lambanceiro, tramazeira e um notável, que desconhecia até agora, mas que vem no dicionário, cornogodinho.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Não acreditem neles.
Sobre este post, o seguinte: eu sei bem que não vai haver referendo. Não é necessário, bem vistas as coisas. Não era necessário há uns meses; acredito na Europa a trinta velocidades, dispersa, reunida em torno de um tratado e de uma burocracia própria. Já não há volta a dar-lhe. O Tratado aprovado em Lisboa está assente sobre uma série de plataformas que também não foram referendadas e que talvez devessem ter sido referendadas; é difícil submeter este Tratado a referendo; o que está perdido, perdido está. Acham que os franceses eram mesmo, realmente, profundamente, contra a Constituição Europeia, ou apenas tinham medo dos canalizadores polacos e da ameaça de terem de trabalhar e reduzir o défice como os outros? Querem referendar o «porreiro, pá» de José Sócrates, ou querem discutir o Tratado? Está na cara.
Isso é uma cousa. Outra, diferente, é a paranóia festiva que tomou conta dos jornalistas de televisão, envoltos em nuvens de Murganheira Grande Reserva de 1985, e a consequente falta de informação e de discussão sobre o que perdemos e ganhamos com o Tratado. Está na cara dos tratantes.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Eles adoram queimar. A IURD, vanguarda da caixa de fósforos.
Passando pela blogosfera brasileira e pela opinião petista local, há uma evidência: todas as armas são boas para atacar a Veja, a Folha e a Globo. Agora, há uma nova: festejar cada sucesso da Rede Record, da IURD e do bispo Edir Macedo, com quem Lula apareceu de mãos dadas.
É que nas cerimónias da IURD também se queima bastante. Um bispo queimou imagens de santos, já devidamente cadastrados pelo instituto do Património Histórico e Artístico. No Afeganistão, dinamitavam as estátuas dos Budas de Bamyian; como confessa o bispo, «a queima de imagens é uma prática comum nos cultos da Universal».
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Palavrão não entra. Mas deixamos ver.
O site da Caixa Económica Federal, do Brasil, tem um filtro para impedir a entrada de palavrões; mas (graças ao Alto Volta) sabemos que a lista está disponível aqui. Um bom tratado de lexicologia.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Fim-de-semana.
Ontem à tarde foram acrescentadas as seguintes palavras à lista original: borogodó, acutilância, badalhoca, gorgomilo, apotegma, apostasia, hieróglifo, teodolito, azurrador, albacora, urubu, catraio, ditirâmbico, adstringente, coxote, xoxota, covilhete, crestomatia arcaica, daguerreótipo, gáspea, gororoba, chilique e, estranhíssimo, muito estranho mesmo, mas delicioso, lesbiano.

Durante a noite, os leitores fizeram chegar estas: tainar, rabónico, viperino, teratogenia, draconiano, inhame, boto, roaz, araponga, encurvadura, fedúncia, narguilé, labéu, pardizela, parlenga, parlatório, esquixa, lábia, gambérria, guilha, engaramponar, longicórneos, cerambicinos, ponderoso, chimpar, luzimento, pomologista, rameloso, concupiscência, senzala, trombudo, marruaz, caturra, sestroso, sazonar, abemolar, atrabiliário, brundúzio, galfarro, barzoneiro, cachopo e, lá vem ele, lá vem ele, dildo.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Questão básica e estruturante, 2.
Sobre este assunto, informam-me que era um Murganheira Grande Reserva de 1985. Temo bastante.
[FJV]

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por FJV, em 20.10.07
||| Não acredites neles.
Sabe-se o que eles diziam (sirvo-me de um post do J. V., no 31 da Armada). Os cavalheiros que mudaram de opinião sobre o referendo podiam aparecer, porreiro, pá, e dizer: «Sim, pensávamos isto, mas mudámos de opinião porque, porreiro, pá, a situação mudou e a democracia representativa basta, etc.».
Só que os cavalheiros não fazem nada disso. Os cavalheiros tergiversam. Os cavalheiros acham que os eleitores não leram, não ouviram, e, se leram e ouviram, sabem esquecer, a pedido. Assunto arrumado.
Agora, preciso é de saber se é verdade que «Portugal perde o acesso por rotatividade à Presidência da União»; que «Portugal aceita que lhe sejam impostas decisões em domínios alargados por dupla maioria, mesmo que se oponha veementemente a elas»; e, finalmente, que «Portugal perde o direito automático a um comissário na Comissão Europeia». É evidente que tudo isto estava previsto. Mas precisamos de saber se é assim e se isso é bom ou mau. Os cavalheiros têm de o dizer, mesmo que todos saibamos que a importância de Portugal não deve ser sobrevalorizada. Só para sabermos se o Tratado é um tratado bom para todos, se é só bom para nós, se é mau para nós, se é uma capitulação ou, vá lá saber-se, porreiro, pá, se é apenas um cartaz turístico. Sem ressentimentos.
[FJV]

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