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«Há um problema estratégico sobre a língua portuguesa no mundo que temos de discutir. Temos de perder o sentido patrimonialista da língua. Se o português tem futuro esse futuro está no modo maioritário como ela é falada. E esse é o modo brasileiro de falar português. É preciso que se comece a dizer isto de uma forma clara. Temos hoje quatro grandes línguas internacionais de afirmação cultural: o inglês, o francês, o espanhol e o português. O resto são línguas que podem ter uma grande dimensão de falantes ou um grande peso económico (como sejam o chinês, o russo ou o alemão), mas não têm uma grande dimensão de natureza cultural. Devemos olhar para o português como elemento de natureza estratégica no plano internacional.»[FJV]
«Sabem [o PCP], porque está escrito nos livros, que mais cedo ou mais tarde surgirão as «condições objectivas» que conduzirão à insurreição e ao poder. As «eleições burguesas» valem o que valem. O BE, mais pragmático, faz outra leitura - mais «moderna» - do que está escrito nos mesmo livros. Segue o «modelo» do eixo da esperança (Venezuela, Bolívia e Equador): podemos chegar ao poder através de «eleições burguesas» e provocar a «revolução» a partir daí. O decrépito e trôpego quadro partidário dá-lhes alento.»Não acho mal a releitura de As Duas Tácticas da Social-Democracia na Revolução Democrática. Citemos, do próprio Lenine: «Não podemos ultrapassar os limites democrático-burgueses da revolução russa, mas podemos ampliar em proporções colossais estes limites, podemos e devemos dentro destes limites lutar pelos interesses do proletariado, pela satisfação das suas necessidades imediatas e pelas condições que tornarão possível preparar as suas forças para a futura vitória completa. Há democracia burguesa e democracia burguesa.»
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